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Mangal das Garças comemora as primeiras reproduções de 2015

Por Redação - Agência PA (SECOM)
13/07/2015 12h42

A conservação de espécies é um dos focos principais da equipe do Mangal das Garças. Há dez anos, o parque zoobotânico trabalha na reprodução de animais, sendo referência em espécies como o Guará e o Pavãozinho-do-Pará. Os primeiros casos de reprodução destas aves este ano já foram registrados.

O Guará (Endocimus Ruber) se destaca pelo vermelho de sua plumagem, atribuído à alimentação rica em carotenóides. O animal vive em média 25 anos e pode ser encontrado em regiões litorâneas, mangues e lagoas. Referência na criação de aves, o Mangal oferece condições adequadas à criação da espécie, que nasce e se reproduz no Criatório do parque. Stefânia Miranda, veterinária do Mangal, explica que o período de reprodução da ave inicia na fase do estio, época do ano em que as chuvas ficam mais escasssas. “É quando eles encontram maior quantidade de materiais para fazer seus ninhos. A partir daí o Mangal reproduz uma média de 20 aves por ano. Nós somos o primeiro criadouro a reproduzir o Guará sob os cuidados humanos”, explica.

De acordo com a veterinária, o Guará é uma ave cuja ocorrência é cada vez menor em várias regiões do Brasil, o que coloca a espécie na lista das ameaçadas de extinção. Isso torna o trabalho de reprodução do animal dentro do parque zoobotânico de extrema importância. “Ele vem desaparecendo de algumas regiões do Brasil. Em algumas delas, como o Rio de Janeiro, já não é mais possível vê-los mais. Em São Paulo só há duas populações pequenas, e nos estados de Santa Catarina e Paraná, há uma para cada estado. Onde ainda existem grupos maiores é no Pará, Maranhão e Amapá. Assim, os zoológicos podem ser uma ferramenta futura de conservação da espécie”, ressalta.

Outro filhote nascido no Mangal foi o Pavãozinho-do-Pará (Eurypyga helias). Conhecido também como “pavão-papa-moscas”, o animal é encontrado na região amazônica, no norte do Mato Grosso, Goiás e Piauí no Brasil. Fora do país, habitam o México, Argentina e Uruguai.

No parque paraense, a ave vive na Reserva Márcio Ayres, o borboletário do Mangal. “É um animal muito territorialista, com hábitos solitários. Procuramos mantê-los no borboletário porque é trata-se de um bicho que vive em áreas alagadas e lá é o ambiente que mais se adequa ao habitat natural deles. Aqui, eles se alimentam de camarão, ração e larva de besouro”, explica Stefânia.

A reprodução da ave é sempre muito comemorada. Antes do Mangal, o último registro de perpetuação em cativeiro havia sido na década de 60, no Rio de Janeiro. Este já é o segundo caso de nascimento da espécie em 2015, totalizando cinco desde 2013, quando o parque iniciou este trabalho.

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