Outeiro recebe milhares de veranistas no terceiro domingo de julho
Dos muitos balneários escolhidos pelos paraenses, as praias da Ilha de Outeiro, em Belém, estão entre as que mais receberam veranistas neste terceiro final de semana de julho. A estimativa da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, que mantêm postos em diferentes pontos de Outeiro, é de que até as 11h deste domingo, cerca de 45 mil pessoas estavam distribuídas entre as cinco praias da ilha: Brasília, Artistas, Praia Grande, Praia do Amor, Barro Branco e Paraíso.
A facilidade de acesso ao distrito e a longa extensão de água e areia ajudam a fazer de Outeiro uma boa pedida para quem escolhe diversão a baixo custo e sem se afastar tanto da cidade. E para garantir a segurança de quem procurou o balneário foi montado um grande esquema que funcionará durante todo o mês de julho, com ênfase nos finais de semana.
A atenção começa ainda na estrada de acesso ao Outeiro, onde homens da Polícia Militar, da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob) e Departamento de Trânsito do Estado do Pará (Detran) realizam blitzen e abordagens constantes. A falta do cinto de segurança e de cadeirinha ou assento traseiro para crianças são, de longe, as maiores infrações constatadas.
No final do dia, já na volta para casa, os agentes do Detran intensificam as abordagens, inclusive com o uso do etilômetro, para coibir a perigosa associação entre álcool e direção. À PM, cabe a busca constante por armas de fogo e drogas, sobretudo em ônibus e vans. “Muito importante essa iniciativa. Semana passada mesmo houve um arrastão no ônibus que eu dirigia. Essas abordagens ajudam a diminuir esse risco”, opinou Raimundo Monteiro, motorista de um dos muitos coletivos fiscalizados neste domingo.
Na praia, pulseiras de identificação para crianças são distribuídas a todo instantes pela equipe do Corpo de Bombeiros que atua no local. Nem por isso, a ocorrência de crianças perdidas deixa de ser a mais registrada no Outeiro. Os bombeiros, que contam com um efetivo de 49 homens, atuam no Outeiro em parceria com 20 voluntários da Cruz Vermelha Brasileira e outros 20 agentes da Defesa Civil municipal. Desde o início das férias de julho, 15 afogamentos foram registrados na ilha. Apenas um resultou em óbito, na praia da Brasília.
“O agravante aqui no Outeiro está na diferença de intenções dentro de uma mesma família. Os pais geralmente querem beber e os filhos, ir para a água. É quando acontece grande parte das infrações”, destaca o major Helson, dos Bombeiros. Por isso mesmo é que a dona de casa Maria Campos decidiu abrir mão do banho, para olhar os filhos na água. “Não dou bobeira. Só vai pra água se eu estiver aqui olhando. Senão, fica na areia”. A auxiliar administrativa Josy Vânia concorda com a medida, mas preferiu entrar na água com a pequena Jhennifer. “Eu tenho que ficar segurando ela no colo porque aqui dá muita gente”.
Com tanta movimentação, ganham também os vendedores e barraqueiros dos mais diferentes perfis e estabelecimentos. Dona Marisa Diniz, proprietária de uma das barracas à beira da praia, reclama da dificuldade em vender comida, mas comemora a saída das bebidas. “Esse pessoal traz tudo de casa. Não tem jeito. Aí o jeito é fazer acordo. Só deixo comer aqui quem compra a bebida aqui”, explica. Já o autônomo Itamar Araújo, vende chopp de frutas e ainda aproveita para pegar um bronzeado na sua cadeira de praia. “Dá, sim, pra ganhar um dinheirinho e aproveitar o sol com essa praia maravilhosa”, diverte-se.
