Médicos residentes da Santa Casa do Pará defendem seus trabalhos de conclusão em suas áreas de atuação no hospital
48 médicas e médicos estão apresentando esta semana seus trabalhos de conclusão da residência médica
A Fundação Santa Casa, ao longo dos últimos anos, tem sido fundamental para a formação de profissionais na área de Saúde. A instituição é uma das pioneiras na implantação de programas de residência médica no Estado. Além de ser um hospital, é uma escola que aprimora profissionais para o mercado de trabalho.
A maior parte desses profissionais são admitidos Brasil afora, o que contribui para a ampliação dos serviços de saúde à população brasileira. Nesta última semana do mês de novembro, 48 médicas e médicos residentes da instituição fazem a apresentação de seus trabalhos de conclusão da especialização.
Rute Caroline Soares, que fez sua residência em Ginecologia e Obstetrícia, destaca a apresentação de encerramento como uma etapa muito importante para a carreira médica. “É a conclusão da residência e um último passo para a conquista do nosso título de especialista. A residência médica com certeza é um diferencial na vida do profissional da saúde e eu sempre falo que existem duas profissionais em mim, uma antes de ter passado por esse processo dos últimos três anos e outra que está após a residência médica”.
“Então, são mundos completamente diferentes, uma pessoa que conseguiu fazer a residência de um profissional que não entrou na residência médica. Eu agradeço muito à Santa Casa, a todos os preceptores que realmente pegam na nossa mão para ensinar, e isso é muito importante. Estou muito orgulhosa também de fazer parte da instituição, que com certeza é a maior da região norte, e que prepara os profissionais da saúde para o que vier no mundo afora”, pontua Rute Soares.
Nelma Machado, médica coordenadora das UTIs adultos da Santa Casa e preceptora da Residência Médica para Medicina Intensiva, diz que a Residência é um dos pilares mais importantes da formação médica. “Ela proporciona um treinamento prático e intensivo sobre supervisão de professores, supervisão de equipes técnicas, não só da parte médica, mas de toda uma equipe multidisciplinar, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, assistentes sociais e na Santa Casa a gente faz questão que a Residência tenha um caráter totalmente multidisciplinar, transdisciplinar para que esses médicos saiam informados sobre todas as suas competências”.
Patrícia Carvalho, coordenadora da Coreme (Comissão de Residência Médica) da Fundação Santa Casa, destaca que a instituição atua como um dos principais pólos de formação especializada no norte do Brasil, contribuindo diretamente para a disponibilidade de médicos capacitados que conhecem a realidade geográfica, epidemiológica e social da Amazônia. “Isso é fundamental para comunicação com o paciente, garantindo eficiência assistencial. E por ser referência em áreas como materno-infantil, neonatologia, terapia intensiva, transplantes, que são atividades centrais para um hospital estruturante na região amazônica”.
“A residência médica contribui para preparar especialistas aptos a lidar com a complexidade e particularidades locais: doenças tropicais, atenção a recém-nascidos, complicações obstétricas, insuficiência de recursos, vastas distâncias e populações vulneráveis. Além do que, ao oferecer formação médica especializada no Pará, a Santa Casa estimula que os médicos formados permaneçam no Estado, servindo o SUS. Isso potencializa a cobertura assistencial no interior, periferias urbanas e demais regiões menos assistidas da Amazônia, promovendo equidade no acesso à saúde”, explica a coordenadora da Coreme.
Qualificação na Saúde - Erika Gomes Cavalcante, diretora de Ensino Pesquisa e Extensão (Depe), enfatiza o trabalho de formação na residência médica. “Os médicos permanecem na instituição de dois a três anos anos, em um processo contínuo de aperfeiçoamento e capacitação técnica. A Jornada de Apresentação de Trabalhos de Conclusão da Residência Médica é um momento de extrema importância dentro da formação dos novos médicos especialistas”.
“Através da realização destes trabalhos, incentivamos a pesquisa, qualificamos nossos residentes e podemos identificar pontos de melhorias no ensino, na gestão e, sobretudo, na assistência aos nossos pacientes. É um ganho para a comunidade científica mas sobretudo aos pacientes, os quais colhem os frutos da melhoria na assistência através de produções baseadas em evidências”, destaca a doutora Erika.
Além da Residência Médica, a Fundação Santa Casa oferece vagas em 12 programas e absorve anualmente cerca de 60 médicos por ano, tem a Residência Multiprofissional que todo ano seleciona 36 profissionais da área da saúde, assim como o Mestrado Profissional que oferta 12 vagas/ano.
Diretora técnica assistencial da Fundação Santa Casa, Norma Assunção considera que a ampla formação ofertada pela instituição contribui com a assistência em saúde para o próprio hospital e para toda a sociedade, durante e após as especializações.
“Formar essas pessoas é realmente entregar à sociedade profissionais qualificados para um atendimento à nossa população e também possibilitar que essas pessoas possam futuramente serem profissionais na nossa instituição, serem acolhidos pela instituição que os formou. Então a Santa Casa pode estar formando aqui os nossos próximos profissionais e possíveis gestores, garantindo à população uma condição de assistência à saúde digna, qualificada e segura”, enfatiza a gestora.
