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Porto de Outeiro se consolida como polo de turismo e logística após operação dos navios da COP30

Requalificação executada pela Companhia Docas do Pará eleva padrão da infraestrutura portuária na Amazônia

Por Governo do Pará (SECOM)
22/11/2025 15h43

A despedida dos dois transatlânticos que funcionaram como hotéis flutuantes durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30) marcou, neste sábado (22), um momento simbólico para o futuro da infraestrutura portuária na Amazônia. Com hóspedes cantando “Voando pro Pará”, de Joelma, e acenando bandeiras do Brasil, o cenário reforçou a consolidação do Porto de Outeiro como um novo polo estratégico de turismo e logística na região.

Localizado no distrito de Belém, o porto passou por uma requalificação completa executada pela Companhia Docas do Pará (CDP) para atender à demanda excepcional da conferência e garantir um legado permanente para o turismo de cruzeiros. As obras modernizaram e ampliaram todo o complexo, tornando o cais apto a receber navios de grande porte.

A intervenção foi concluída em apenas seis meses, em uma operação considerada de alta complexidade. Segundo o presidente da CDP, Jardel Rodrigues da Silva, a entrega superou desafios logísticos e ambientais. “Foi uma obra desafiadora. Pelo tempo, que foi muito curto, pela burocracia e pelas condições de maré da nossa baía. Mas nenhum desses desafios foi maior do que a vontade de entregar a obra”, destacou.

O terminal modernizado já recebeu reconhecimento internacional. “Entregamos um terminal que hoje é considerado, pelos próprios comandantes, o mais adequado e o melhor do Brasil”, reforçou o presidente.

Segurança e mobilidade reforçadas

A preparação para receber os navios mobilizou um forte esquema integrado de segurança e mobilidade. O Porto de Outeiro foi classificado como um dos mais seguros do país, com atuação conjunta da Secretaria de Segurança Pública, Marinha, Exército, Polícia Civil, Polícia Militar e Guarda Portuária — esta equipada com tecnologia avançada, incluindo drones com visão térmica.

Legado e impacto social

Além de ampliar a infraestrutura turística, a chegada dos transatlânticos gerou efeitos imediatos para a economia local. Para a gerente de projetos da Secretaria Extraordinária para a COP30 (Secop), Gabriela Lima, o legado impulsiona de forma definitiva o setor na região. “É um legado importante, que vai ser deixado para movimentar o turismo. O ministro Celso Sabino (do Turismo) também esteve aqui e está trabalhando para que essas rotas de cruzeiro continuem e fomentem o desenvolvimento na região”, afirmou.

O impacto também foi sentido pela comunidade de Outeiro. Thaís Akemi Cunha dos Santos, encarregada das equipes da empresa Trevo Amazônia, destacou as mudanças na Praia da Brasília. “Os ‘gigantes’, como o nosso governador denomina os transatlânticos, trouxeram uma renda maior para as pessoas, inclusive as da Praia da Brasília, que hoje ficou bem conhecida”.

Jardel Rodrigues ressaltou o reconhecimento alcançado pelo Pará. “O Brasil descobriu Belém e o mundo descobriu um estado na Amazônia. Estamos muito felizes com isso”, celebrou.

Despedida em ritmo paraense

A partida do Costa Diadema (12h15) e do MSC Seaview (12h35), que juntos ofertaram seis mil leitos distribuídos em 3.882 cabines, encerrou a operação em clima de celebração, reafirmando a hospitalidade e a identidade cultural do Pará. Para Gabriela Lima, a experiência foi “acima do esperado” e demonstrou o potencial da região para futuras operações de navios de cruzeiro.

Com infraestrutura modernizada, padrão internacional e reconhecimento de autoridades e comandantes, o Porto de Outeiro se consolida como uma nova porta de entrada do turismo internacional na Amazônia — e como um dos principais legados estruturantes deixados pela COP30 para o Pará.