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PCT Guamá integra Rede Pan-Amazônica voltada à inovação e à bioeconomia sustentável

Parceria entre o Parque de Ciência e Tecnologia e a Guyane Développement Innovation apoiará startups, com ênfase em bioeconomia de sistemas de proteção a florestas e comunidades tradicionais

Por Governo do Pará (SECOM)
21/11/2025 16h53

As próximas etapas das atividades da Rede Pan-Amazônica de Incubadoras e Aceleradoras (RIPA) foram debatidas por representantes do Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) Guamá e da Guyane Développement Innovation (GDI), em reunião realizada em Belém, na última semana. A Rede é uma coalizão formada por instituições de criação e desenvolvimento de negócios e organizações de apoio à inovação do Escudo das Guianas (Guiana Francesa, Guiana, Suriname e Brasil), lançada durante a COP30, no Pavilhão França, no Parque da Cidade.

A RIPA tem o propósito de responder de forma colaborativa aos desafios comuns enfrentados pelos ecossistemas amazônicos, como financiamento, logística, regulamentação e acesso a mercados. A presença do PCT Guamá na rede reforça o papel do Pará na conexão de soluções para a Amazônia, ampliando sua integração com instituições internacionais e atuação em iniciativas sustentáveis.

Representantes do PCT Guamá e da GDI: ações conjuntas para impulsionar a bioeconomia

Para João Weyl, diretor-presidente da Fundação Guamá, instituição gestora do Parque, a participação do PCT Guamá na RIPA abre um leque de oportunidades com estados da Amazônia e as Guianas. “Vamos potencializar ações, impulsionar startups, com foco na bioeconomia de sistemas de proteção a florestas e comunidades tradicionais. Por ser o PCT Guamá o maior hub de integração aqui no Pará, a gente espera aumentar parcerias com universidades da região, institutos e empresas. Pretendemos, inclusive, abrir um espaço no Parque para as ações de articulação dessa Rede”, afirmou. 

Eixos estratégicos - Durante o encontro, ocorrido na sexta-feira (14), os representantes discutiram encaminhamentos relacionados aos cinco eixos estratégicos definidos pelo consórcio: Troca de boas práticas em incubação e aceleração; Desenvolvimento econômico conjunto, incluindo missões e participação coordenada em eventos internacionais; Apoio transfronteiriço a startups, com programas de soft landing e intercâmbio entre países; Articulação de investimentos e formação de uma rede regional de investidores, e Capacitação em empreendedorismo e bioeconomia.

“Com a RIPA, estamos dando um passo importante para uma cooperação estruturada entre os territórios do planalto das Guianas, a serviço da bioeconomia e da transição ecológica. Um mutirão, ou como se chama em crioulo guianense, um Mayouri”, informou Eric Lafontaine, diretor-geral da GDI.

Cooperação e inovação - A Rede Pan-Amazônica de Incubadoras e Aceleradoras foi concebida como uma “comunidade de projetos”, um modelo ágil, sem estrutura administrativa própria, que funciona por meio de cooperação voluntária entre instituições que atuam diretamente no campo da inovação. A Rede busca potencializar a ação dos atores, promovendo trocas e iniciativas conjuntas.

O objetivo central, conforme definido pelas organizações fundadoras durante a COP30, é acelerar a transição para uma bioeconomia pan-amazônica sustentável, fortalecendo os ecossistemas de inovação e apoiando empresas viáveis integradas às cadeias de valor da região. O compromisso está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), à Agenda 2030 e ao Acordo de Paris.

A visão de bioeconomia adotada pela RIPA enfatiza o desenvolvimento sustentável e local de recursos florestais, agrícolas e aquícolas, sempre enfatizando o benefício direto das comunidades amazônicas. Entre os setores prioritários estão agroalimentar, eco-materiais, química verde (incluindo cosméticos e saúde) e tecnologias digitais para o desenvolvimento sustentável.

Texto: Kelvyn Gomes - Ascom/PCT Guamá