Filhos de catadores do Aurá participam de oficinas no Mangal das Garças
Mais de 1.800 pessoas sobrevivem da coleta e venda dos resíduos despejados no lixão do Aurá em Ananindeua, Região Metropolitana de Belém. Devido à rotina apertada e a distância do local para o centro da capital paraense, os filhos destes trabalhadores raramente têm a oportunidade de conhecer espaços de lazer e cultura da cidade. Na manhã da última quinta-feira, 23, algumas destas crianças puderam fugir da rotina e participar de atividades divertidas e educativas no Parque Zoobotânico Mangal das Garças.
Em mais um dia de programação das Oficinas Educativas do Mangal, vinte filhos de catadores aprenderam a confeccionar objetos com materiais recicláveis, conheceram os espaços monitorados e alguns animais do parque. Para Jamilly da Silva, 6 anos, conhecer a lagarta foi um dos momentos mais animados. “Gostei quando ele mostrou a lagarta pra gente, mas eu tenho medo de pegar nela, acho mais bonita quando ela é borboleta. Também gostei de fazer a corujinha de massinha e ver os animais”, destacou.
Uma das responsáveis pelo grupo, a catadora Simone Barros destacou a beleza do Mangal e a importância de atividades educativas para as crianças: “O espaço é muito bonito e as atividades são muito interessantes para as crianças, pois algumas delas são muito paradas e aqui é uma forma delas se distraírem e fazerem algo diferente. Algumas também são muito tímidas e estão podendo se soltar e conversar mais um pouco com as outras crianças”.
A programação de Oficinas Educativas é uma realização do Governo do Estado por meio da Secretaria de Cultura e através da Organização Social Pará 2000, que administra o Mangal das Garças. As atividades prosseguem até o dia 31 de julho, atendendo 25 crianças diferentes por dia.
