Agência Pará
pa.gov.br
Ferramenta de pesquisa
ÁREA DE GOVERNO
TAGS
REGIÕES
CONTEÚDO
PERÍODO
De
A
COP 30

Helder Barbalho reforça protagonismo indígena e anuncia nova sede da Secretaria de Povos Indígenas durante visita à Aldeia COP30

Governador destacou legitimidade da 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas realizada na Amazônia e reafirmou compromissos com educação, bioeconomia e fortalecimento dos territórios

Por Governo do Pará (SECOM)
18/11/2025 21h46

A Aldeia COP30, organizada pelo Governo Federal com apoio do Governo do Pará, se consolidou como um dos principais espaços de diálogo da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, realizada em Belém. Durante visita ao local, o governador Helder Barbalho destacou que sediar o evento na Amazônia marca um novo ciclo para o Brasil, ao garantir protagonismo às populações que vivem e protegem a floresta.

“Estamos vivendo história. Haverá um momento antes da COP30 e um momento depois da COP30”, afirmou o governador, ressaltando que a realização da conferência no Pará superou resistências e discursos preconceituosos que buscavam afastar a COP da Amazônia.

Fortalecimento institucional e protagonismo indígena

A secretária de Estado dos Povos Indígenas, Puyr Tembé, reforçou a importância da articulação entre o Governo do Pará, o Governo Federal e as organizações indígenas para consolidar o espaço.

“A Aldeia COP30 é um território construído a muitas mãos. Aqui, cada povo foi ouvido, cada liderança foi respeitada. Ter esse espaço reconhecido dentro da COP mostra que o Pará está abrindo portas e garantindo que os povos indígenas sejam protagonistas, não visitantes da agenda climática”, destacou.

Ela também agradeceu o apoio do governo estadual no processo de homologação de territórios e na ampliação da estrutura voltada às políticas indigenistas.

Representando a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, o secretário-executivo do Ministério, Eloy Terena, pontuou o esforço conjunto para assegurar a presença de representantes de todos os biomas na conferência.

Movimento indígena entrega carta de prioridades ao governo

Durante a programação, o governador recebeu de Ronaldo Amanayé, representante da Federação dos Povos Indígenas do Pará (Fepipa), uma carta com prioridades estruturantes definidas pelo movimento indígena.

Helder Barbalho afirmou que as demandas serão tratadas como pauta estratégica da gestão. “Temos reivindicações pontuais e estruturantes. O papel do Governo do Pará é transformar isso em política pública, com prazos, caminhos e respostas claras”, afirmou.

Nova sede da Secretaria de Povos Indígenas será entregue após a COP30

Um dos anúncios mais celebrados pelo público foi a confirmação da entrega da nova sede da Secretaria de Povos Indígenas do Pará. O espaço, atualmente utilizado como prédio internacional da COP30, será destinado integralmente à secretaria após o encerramento da conferência.

“Quando a COP acabar, a chave será entregue para a secretária Puyr Tembé. Aquilo será a casa dos povos indígenas do Pará. Quem manda lá são vocês”, declarou o governador, sob aplausos.

Bioeconomia, mercado de carbono e educação indígena

Durante a visita, Helder Barbalho conectou o debate sobre os direitos dos povos indígenas aos temas centrais da COP30, como bioeconomia e mercado de carbono. Para ele, o desenvolvimento sustentável da Amazônia depende da inclusão direta das comunidades tradicionais.

“A ancestralidade precisa ser remunerada. O conhecimento vem das comunidades tradicionais, e isso deve ser reconhecido. Floresta viva tem que valer mais do que floresta morta — e quem protege a floresta precisa ser beneficiado”, reforçou.

O governador também destacou a importância da aprovação, pela Assembleia Legislativa, da Política Estadual de Educação Indígena, construída a partir de escutas regionais realizadas pelo Governo do Pará.

Pará reafirma liderança ambiental e indigenista

Ao concluir a visita, Helder afirmou que a COP sediada em Belém consolida o Pará como referência internacional na construção de políticas ambientais conectadas às realidades amazônicas.

“Os povos indígenas do Brasil estão mais uma vez liderando a proteção da floresta. O que estamos fazendo aqui é construir, juntos, um legado para esta e para as próximas gerações”, concluiu.