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Fapespa apresenta resultados e parceria estratégica na COP30

Durante a Conferência, Fapespa e Banpará consolidaram a parceria para impulsionar inovação sustentável no Pará

Por Manuela Oliveira (FAPESPA)
17/11/2025 18h53

A Fundação​ Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa) esteve, mais uma vez, presente na 30ª Conferência das Partes da ONU participando da discussão acerca da inovação e da sustentabilidade, que reforçam o papel do Pará na transição para uma economia verde. O painel “Ecossistema de Inovação da Amazônia: O fomento como motor da tríplice hélice” ​integrou a programação oficial do Pavilhão Pará nesta segunda-feira (17). 

Participaram da programação, Rodolfo Homci, da empresa Kombucha e Noanny Guimarães, da Cacauaré, representando projetos de sucesso financiados pela Fapespa, além dos painelistas Deyvison Medrado, diretor científico da Fapespa e Cindy Ornela, do Banco do Estado do Pará (Banpará).

Nesse contexto, o painel trouxe resultados do fomento à inovação em empresas paraenses, a exemplo da Kombucha H e Cacauaré, evidenciando casos de sucesso que geraram tecnologias aplicadas à bioeconomia, energias renováveis e cadeias produtivas sustentáveis. O que reforça a premissa de que a inovação empresarial é um vetor essencial para transformar conhecimento científico em impacto socioeconômico e ambiental.

Na ocasião, mediada por Medrado, foi consolidada a parceria estratégica entre Fapespa e o Banco do Estado do Pará (Banpará), voltada à ampliação do financiamento e a tração de negócios inovadores no Pará, objetivando acelerar startups regionais, fortalecer o ecossistema local e criar oportunidades para escalabilidade e internacionalização. 

“A parceria entre Fapespa e Banpará visa fomentar o desenvolvimento de startups sediadas no Estado, principalmente, pensando num segundo momento de desenvolvimento. Nós sabemos que a escala de desenvolvimento de inovações é ampla e depende de investimentos em diversas etapas. Então, nesse momento, essa parceria visa apoiar a ampliação do nível de desenvolvimento tecnológico dessas empresas. Essa é uma ação estratégica, oriunda do plano de ações do Plano Estadual de Bioeconomia e alinhadas ao propósito do Vale Bioamazônico”, explicou Medrado.

Fomento - Com programação diária, o Pavilhão Pará é um ambiente de articulação e cooperação, onde as instituições têm a oportunidade de lançar iniciativas, divulgar resultados de pesquisas e trocar experiências nacionais e internacionais. Assim, o painel também, destacou a importância das conexões com atores-chave do ecossistema de inovação, como o Sebrae, que atua no suporte ao empreendedorismo e na capacitação de startups para acesso a mercados e investimentos.

A convidada Noanny Guimarães, fundadora da Cacauaré, destacou a assistência da Fapespa:

A convidada Noanny Guimarães, fundadora da Cacauaré, destacou a assistência da Fapespa: “com esse apoio, consegui implementar a tecnologia dentro do meu negócio, o que fez com que eu ganhasse mais mercados e, também, abrisse um campo enorme de desenvolvimento lá no meu território, por meio da implantação da rastreabilidade do nosso cacau. Com essa ferramenta, a gente implementou e está desenvolvendo outras tecnologias com esses dados da rastreabilidade, que está permitindo melhoramentos ali no território”, explicou.

Vale Bioamazônico - Apresentado pelo Governo do Pará na semana do clima em NY é um ecossistema que inclui iniciativas como o Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, o Museu das Amazônias e o Parque de Ciência e Tecnologia Guamá. Além disso, esse modelo de inovação propõe estratégias de incentivo à pesquisa, educação profissional e tecnológica, entre outras iniciativas já em andamento no Estado. 

Também norteou o painel essa iniciativa estruturante para consolidar a Amazônia como polo de inovação climática e biotecnológica, uma vez que a presença e a criação de novas startups são fundamentais para dinamizar esse ecossistema, conectando ciência de ponta com soluções aplicadas e modelos de negócio sustentáveis. 

"Abordamos o ambiente de inovação promovido pela Fapespa que tem favorecido o surgimento de empresas de base tecnológica voltadas à bioeconomia, à valorização da biodiversidade e à geração de impacto social. A articulação entre centros de pesquisa, incubadoras, investidores e políticas públicas é essencial para transformar o Vale Bioamazônico em uma plataforma de inovação aberta, capaz de atrair talentos, investimentos e parcerias internacionais”, destacou o diretor científico da Fapespa.

Com essa proposta de dialogar, diretamente, com os eixos da COP30, o painel buscou conectar desenvolvimento econômico com mitigação e adaptação climática, promovendo inclusão produtiva e estimulando investimentos verdes. Ao reunir gestores públicos, empreendedores, instituições financeiras e parceiros estratégicos, o painel demonstra ação concreta, pluralidade e capacidade de mobilização, consolidando um modelo de cooperação que valoriza a floresta em pé e contribui para os compromissos do Acordo de Paris. 

Texto: Jeisa Nascimento, estagiária, com orientação da jornalista Manuela Oliveira – Ascom/Fapespa