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Governo e Eletronorte retomam projeto para implantação de centro de hemodiálise em Tucuruí

Por Redação - Agência PA (SECOM)
24/07/2015 18h59

Pacientes renais crônicos de Tucuruí e de mais doze municípios vizinhos poderão contar, em breve, com serviços de hemodiálise. O Governo do Pará retomou hoje com a Eletronorte, o projeto para implantação de um centro completo de tratamento no Hospital Regional de Tucuruí, o HRT.

Durante reunião em Brasília nesta sexta-feira, 24, o secretário de Saúde do Estado, Vítor Mateus, e o presidente da Eletronorte, Tito Cardoso de Oliveira Neto, retomaram o projeto de liberação de verbas para a implantação do centro de hemodiálise. O projeto prevê o repasse de 9,4 milhões de reais pela Eletronorte ao estado do Pará para a implantação do centro. Os recursos serão utilizados para a construção do espaço físico, compra e instalação de equipamentos e fornecimento de insumos (cateteres, soluções para maquinário, exames e medicamentos) por um ano. Em contrapartida, o Governo do Pará vai arcar com as despesas de pessoal (médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, psicólogos, nutricionistas e assistentes sociais), ao custo estimado de 7,6 milhões de reais por ano.

O projeto do centro já está com a diretoria da Eletronorte. No dia 20 de agosto uma nova reunião vai marcar o fim da análise técnica do projeto. Um mês depois, em 20 de setembro, acontece a assinatura do convênio entre Governo do Estado e Eletronorte. A previsão é que no dia 20 de dezembro, respeitando todos os prazos legais, seja assinado o contrato com as empresas selecionadas para a construção do centro de hemodiálise e fornecimento de equipamentos.

Para o secretário Vítor Mateus, a implantação do centro põe fim a um problema antigo que aflige os pacientes renais crônicos da região de Tucuruí. Hoje, quem busca atendimento, precisa ir a Marabá e às vezes até Belém, disse Vítor Mateus. Com o centro, esse tempo de viagem vai acabar e nós poderemos garantir mais saúde aos pacientes, completou o secretário.

Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), 10% da população mundial e 1,5 milhão de brasileiros têm Doença Renal Crônica (DRC). No Brasil, mais de 100 mil pessoas fazem diálise, segundo dados da SBN. O bom funcionamento do organismo depende da capacidade que os rins têm de filtrar o sangue, eliminar as toxinas e reter as substâncias necessárias ao sistema metabólico. Depois dos 40 anos, o indivíduo perde em média 1% ao ano da função renal. A maioria dos pacientes renais é formada por homens (58%). A incidência da Doença Renal Crônica é maior entre pessoas de idade avançada - 31% têm mais de 65 anos.

Rede de Atendimento – No Brasil, cerca de 84% dos pacientes têm o tratamento renal pago pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No Pará, 11 polos oferecem atendimento e tratamento ao paciente renal crônico. O Estado mantém 366 máquinas de hemodiálise, com aproximadamente 2,4 mil vagas, fazendo 29,6 mil sessões por mês. Segundo a Sespa, os serviços disponíveis no Estado são suficientes no momento para atender à demanda, mas podem se tornar insuficientes se não houver controle das doenças crônicas, como diabetes e hipertensão na Atenção Primária de Saúde.

Transplante - O Hospital Ophir Loyola mantém um serviço de transplantes renais, atendendo mensalmente 160 pessoas, entre cirurgias e tratamento pré e pós-operatório. Embora sejam realizados transplantes intervivos, porque a maioria dos pacientes tem câncer, o maior número é realizado com órgãos de doadores falecidos, recebidos de outros hospitais.

Para a realização de um transplante é necessário um trabalho coordenado pela Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos Estadual (CNCDO), em conjunto com as Comissões Intra-hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT), a Organização de Procura de Órgãos (OPO), equipes de intensivistas, laboratórios e equipes especializadas e credenciadas para realizar captação e os transplantes.

Rede de atendimento em nefrologia com máquinas de hemodiálise para pacientes do SUS no Pará

ALTAMIRA - Hospital Regional Público da Transamazônica - Avenida Brigadeiro Eduardo Gomes, s/n, bairro São Sebastião. Fone: (93) 3515-8300.

BELÉM - Hospital de Clínicas Gaspar Vianna - Travessa Alferes Costa, s/n, bairro Pedreira. Fone: (91) 4005-2612.

Centro de Hemodiálise Monteiro Leite (vinculado ao Hospital de Clínicas Gaspar Vianna) – Rua dos Mundurucus, nº 1720, em frente à Praça Batista Campos. Fone: (91) 3212-6735.

Hospital Ophir Loyola (diálise apenas para pacientes) - Avenida Magalhães Barata, nº 992, bairro São Braz. Fone: (91) 3265-6500.

Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (somente para crianças) - Rua Oliveira Belo, nº 395, bairro Umarizal. Fone: (91) 4009-2200.

Serviço de Nefrologia Pediátrica (atende 32 crianças e adolescentes até 18 anos. Também oferece serviço ambulatorial, com cerca de 200 atendimentos por mês. Conta com uma equipe multidisciplinar - médicos nefrologistas, nutricionistas, psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, pedagogos e enfermeiros).

BRAGANÇA - Hospital Santo Antonio Maria Zaccaria (conveniado ao SUS): mantém 10 máquinas – Avenida Nazeazeno Ferreira, s/n, Centro. Fones: (91) 3425-2177 e 3245-1200.

CASTANHAL - Clínica de Nefrologia de Castanhal / Hospital Municipal de Castanhal – Avenida Major Wilson. Fone: (91) 3711-3138.

MARABÁ – mantém quatro máquinas. No Hospital Regional será criado um Centro de Hemodiálise, com 20 máquinas.

REDENÇÃO - Hospital Regional Público do Araguaia - Avenida Brasil, s/n, Parque dos Buritis. Fone: (94) 3424-9500.

SANTARÉM - Serviço de Nefrologia do Oeste do Pará, no Hospital Municipal de Santarém - Rua Barão do Rio Branco s/n. Fone: (93) 3523-2155 – Ramal 212.

Hospital Regional do Baixo Amazonas do Pará Dr. Waldemar Penna - Avenida Sérgio Hernn, 1100, bairro Diamantino. Fone: (93) 2101-6373.