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Comércio de artesanato cresce 20% no primeiro quadrimestre de 2015

Por Redação - Agência PA (SECOM)
25/07/2015 11h25

Na contramão da crise que afeta a economia brasileira, o mercado do artesanato paraense cresceu 28% em 2014. O índice mostra que a tendência deve seguir o mesmo rumo também em 2015, já que, só no primeiro quadrimestre do ano, o comércio de peças e artefatos já registra aumento de 20%. Em termos de comparação, o comércio varejista nacional, em que está incluído o setor de artesanato, registrou crescimento de 2,8%, em todo o ano de 2014. Os dados foram anunciados pelo Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama), que administra o Espaço São José Liberto, onde funciona a Casa do Artesão.

As exposições permanentes da Casa do Artesão estão entre o conjunto de ações constantes do governo do Estado para divulgar a criatividade desses profissionais e gerar receita para quem escolhe viver única e exclusivamente da arte e cultura do artesanato. “Hoje temos cadastrados cerca de 750 artesãos de 43 municípios paraenses. O Igama mantém curadoria permanente para manter o padrão elevado da qualidade do que é oferecido a turistas e pesquisadores que visitam o local”, diz o coordenador de Comercial e Tecnologia do Igama, Thiago Gama.

A vitrine oferecida pela Casa do Artesão é também a porta de entrada para um público mais abrangente e que tem como origem outros Estados brasileiros e vários destinos internacionais. Dados do Igama mostram que 48% dos visitantes que passam pelo local são turistas nacionais, 17% são estrangeiros e 35% são visitantes do próprio Estado.

Parcerias – Iniciativas de outras secretarias de Estado, entre elas as de Cultura e Turismo, resultam na quantidade de turistas que visitam o Pará, o que reflete, diretamente, na quantidade de pessoas que vai ao São José Liberto. Outro órgão importante no processo de incentivo e valorização dos artesãos paraenses é a Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), que atua em parceria com o Programa do Artesanato Brasileiro, do governo federal.

A iniciativa mais recente foi apoiar a participação de 65 artesãos paraenses numa feira em Recife (PE), no início de julho. Foram 27 mil peças comercializadas durante uma semana, gerando renda de R$ 154 mil para esses profissionais. “A Seaster também trabalha na identificação, qualificação e assessoramento desses artesão para torná-los ainda mais criativos e competitivos no mercado”, explica a coordenadora de Empreendedorismo, Artesanato e Economia Solidária da Seaster, Dione Matos.

Tradição – A capacidade de transformar o barro em elementos de memória, cultura e arte tão importantes para toda uma sociedade fazem do artesão paraense referência histórica no processo de busca sobre quem somos e aonde queremos chegar. Doca Leite compõe esse grupo de profissionais. Premiado internacionalmente, ele mantém ritmo de produção intensa para manter abastecida a vasta exposição permanente que mantem na loja própria na travessa Soledade, em Icoaraci. Junto com outros 43 artesãos, ele ajuda a fazer do Paracuri uma das referências do Estado no setor de artesanato.

Na entrada da loja, o artesão mostra com orgulho o vaso desenvolvido e pensado por ele exclusivamente para o Concurso Top 100, quando foi eleito o melhor artesão do Brasil. O evento foi promovido pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e ajudou Doca Leite a ganhar ainda mais projeção nacional e internacional. “A qualidade da matéria-prima paraense, principalmente a usada aqui em Icoaraci, ajuda a dar destaque nas peças desenvolvidas no Estado. Só o material usado em Recife se aproxima, mas o artesão paraense ganha na criatividade e nas técnicas”, explica.

É unindo a criatividade de profissionais como Doca Leite a projetos como o da Casa do Artesão que o Pará ganha projeção internacional e estimula o comércio de um setor que impressiona pela beleza atrai pela originalidade. Como exemplo de como a coisa funciona, Thiago Gama dá como exemplo um grande vaso exposto ao valor de R$ 2,5 mil no Espaço São José Liberto. “O próprio artesão conta que leva, em média, três anos para vender um vaso como esse. Aqui, na Casa do Artesão, ele será vendido no próximo Círio, sem dúvida”, estima.

A Casa do Artesão é um espaço aberto a qualquer profissional. Quem preferir, pode visitar o Paracuri, em Icoaraci, onde também se encontram peças de qualidade a preços que variam de R$ 5 a R$ 3 mil. Atrativos oportunos para um Estado que, só neste mês de julho, tem previsão de receber cerca de 80 mil turistas. O telefone da Casa do Artesão para profissionais interessados em estabelecer parcerias é o (91) 3344-3512.