Perícias ambientais reforçam ações que garantem justiça climática
A Polícia Científica do Pará recebe demandas variadas, incluindo casos de desmatamento, queimadas, poluição sonora e hídrica, emissões de resíduos poluentes e maus-tratos a animais
A segurança pública trabalha cada vez mais para a defesa do clima, e a Polícia Científica do Pará (PCEPA) é uma das forças que compõem esse segmento estratégico da rede de proteção ambiental. Por meio do Núcleo de Crimes Ambientais (NCA), ligado ao setor de Engenharia Aplicada do Instituto de Criminalística (IC), os peritos criminais utilizam seus conhecimentos forenses para a responsabilização de quem comete crimes contra a natureza.
Composto por 14 peritos criminais de diversas áreas do conhecimento, o Núcleo fornece laudos técnicos que subsidiam investigações e operações policiais em todo o Estado. O setor recebe demandas variadas, como perícias em casos de desmatamento, queimadas, poluição sonora, poluição hídrica, emissões de rejeitos e resíduos poluentes, e maus-tratos a animais.
Operações - O setor integra também forças-tarefa em operações maiores, que envolvem outras forças policiais e de proteção ambiental. Organizada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade (Semas), a Operação Amazônia Viva foi iniciada em 2020, e já está em sua 61ª fase. Já a Operação Curupira está em sua 70ª fase, sob a coordenação do Sistema Estadual de Segurança Pública (Sieds).
“A 'Amazônia Viva' está relacionada aos alertas, pois, conforme o índice de alertas de desmatamento naquele determinado mês, é feita uma ação no município. Já a 'Curupira' possui bases fixas nos municípios de São Félix do Xingu, Uruará e Novo Progresso, onde fazemos um trabalho contínuo, e trocamos as equipes a cada 15 dias, sem deixar descoberta a base”, informou o perito criminal e gerente do NCA, Enaldo Ferreira.
As perícias mais requisitadas incluem constatação de desmatamento e queimadas, identificação e medição de madeira e extração mineral ilegal, além de análise de armamentos, veículos e equipamentos usados em crimes ambientais.
O NCA conta com peritos criminais, que são engenheiros agrônomos, florestais, químicos e sanitaristas, além de veterinários e geólogos. "Nosso trabalho é materializar as provas, elaborando laudos técnicos que subsidiam as investigações da Polícia Civil", reforçou Enaldo Ferreira.
“O Pará está sediando o maior evento climático do planeta, a COP30, e é urgente tratar questões ambientais. Nossa Polícia Científica integra a segurança pública com foco em sustentabilidade, ciência e compromisso com a preservação do nosso território amazônico”, disse o diretor-geral da PCEPA, Celso Mascarenhas.
Texto de Amanda Monteiro sob supervisão de Monique Leão / Ascom PCEPA
