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Sedeme participa de painel sobre economia de impacto na COP30

A iniciativa, conduzida pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, busca fortalecer esse modelo econômico em todas as regiões do Brasil

Por Aldirene Gama (SEDEME)
13/11/2025 16h12

A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), representada pelo secretário Paulo Bengtson, participou do painel “Sistema Nacional de Economia de Impacto (Simpacto)”, realizado na manhã desta quinta-feira (13), no estande da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), no Pavilhão Pará, Zona Verde da 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30).

O Simpacto tem como objetivo promover uma rede colaborativa, que integra União, estados, municípios, empresas e sociedade civil, alinhada às diretrizes da Estratégia Nacional de Economia de Impacto (Enimpacto). A iniciativa, conduzida pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), busca fortalecer a economia de impacto em todas as regiões do Brasil, criando condições para que negócios socioambientais ganhem escala e visibilidade.

O painel sobre o Simpacto foi realizado no estande da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, no Pavilhão Pará

Durante o painel, foram apresentadas as diretrizes para adesão dos estados ao sistema, bem como as estratégias para a criação de um ambiente de negócios voltado à solução de problemas sociais e ambientais, priorizando a geração de renda, bem-estar social, inovação e desenvolvimento econômico inclusivo.

Avanços para adesão - A Sedeme destaca que o Estado do Pará está com as tratativas avançadas para também aderir ao Simpacto. A adesão será formalizada por meio da assinatura de um Acordo de Cooperação Técnica entre a Sedeme, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade (Semas) e Secretaria de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria, vinculada ao MDIC.

O acordo tem como base o Decreto Estadual nº 4.746, de 23 de junho de 2025, que instituiu o Comitê Estadual de Desenvolvimento da Economia de Impacto Socioambiental (Cedisa), requisito fundamental para a adesão ao sistema.

O Cedisa, vinculado à Sedeme e à Semas, possui caráter deliberativo e consultivo, com a missão de propor, monitorar, avaliar e articular a implementação da Política Estadual de Economia de Impacto no Pará, reforçando o compromisso do Estado com a sustentabilidade e a inovação.

Sherry Brom Rodrigues, Júlia Cruz e Paulo Bengtson

O painel foi mediado pelo secretário-adjunto da Secretaria de Economia Verde do MDIC, Lucas Ramalho, e contou com a participação da secretária de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria, Júlia Cruz; do diretor técnico do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) no Rio Grande do Norte (RN), João Hélio, e do secretário executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação da Sedecti do Amazonas (Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação), Jeibe Medeiros.

Compromisso - “Mais do que sediar o debate global na COP30, o Pará se consolida como um laboratório de soluções e um porto seguro para investimentos que constroem o futuro. Com o Comitê Estadual para o Desenvolvimento da Economia de Impacto Socioambiental (Cedisa) validado, o Estado está pronto para aderir ao Simpacto. Por meio dele, reafirmamos nosso compromisso com o desenvolvimento econômico sustentável e a proteção da Amazônia. O futuro é verde, e ele começa agora, no Pará”, destacou o secretário Paulo Bengtson.

Ele também ressaltou as diretrizes da política de incentivos fiscais do governo do Estado, alinhadas aos princípios socioambientais. “Ao conceder incentivos, o Estado considera o impacto social que a empresa vai gerar no município: a melhoria do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), o uso de energia limpa e o compromisso com a descarbonização — processo que temos liderado com ações diretas e dispositivos já existentes. A Sedeme tem participado de diversos eventos, inclusive no setor mineral, mostrando que é possível realizar mineração na Amazônia de forma responsável. Para isso, temos intensificado o combate aos ilegais — àqueles que não têm compromisso com a transformação social nem com o meio ambiente", acrescentou Paulo Bengtson.

A diretora de Desenvolvimento da Indústria, Comércio e Serviços da Sedeme, Sherry Brom Rodrigues, destacou no evento que o Pará se consolida como pioneiro na região norte em Economia de Impacto, com o Cedisa já validado e estruturado para atuar de forma estratégica e transversal. Segundo ela, “com a adesão ao Simpacto, fortalecemos nossa capacidade de atuação, pois a sinergia entre todos os envolvidos possibilita potencializar ações, otimizar recursos e acelerar iniciativas da economia de impacto voltadas ao desenvolvimento sustentável. Esse avanço amplia nossa capilaridade e reafirma o compromisso com a preservação da Amazônia”.

João Hélio, do Sebrae no Rio Grande do Norte, agradeceu o apoio do Ministério e dos parceiros. "Estamos aqui, na ABDI, uma parceira importante para o sistema Sebrae. Temos diversas iniciativas de negócios e de impacto em colaboração com a ABDI. É essencial destacar que estamos integrados e conectados, trabalhando para tornar nossos sonhos reais em todo o território nacional. Queremos que isso se torne um exemplo a ser seguido, um modelo inclusivo, bioportológico e transformador para nossa sociedade e negócios", ressaltou.

Engajamento - A secretária de Economia Verde Júlia Cruz destacou a importância do federalismo para o desenvolvimento sustentável no Brasil. Em sua avaliação, a combinação de esforços é essencial para enfrentar os desafios sociais e ambientais do Brasil, e atingir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Júlia Cruz enfatizou que é necessário o envolvimento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Sebrae, investidores privados e da filantropia na promoção da economia de impacto. Contudo, ela destacou que nenhum progresso pode ser feito sem o federalismo e a atuação dos entes subnacionais, considerados fundamentais para o trabalho com as comunidades.

A secretária frisou a importância da parceria do Simpacto com os estados, e expressou sua satisfação em estar ao lado dos secretários do Pará e do Amazonas, reconhecendo a liderança dessas regiões em investimentos em impacto socioambiental.

Visibilidade - O Simpacto visa promover o alinhamento das legislações de estados e municípios brasileiros às diretrizes da Estratégia Nacional de Economia de Impacto. A iniciativa, conduzida pelo MDIC, pretende criar condições para que negócios socioambientais ganhem escala e visibilidade.

O Simpacto foi concebido para estabelecer parcerias com políticas públicas estaduais, respeitando as especificidades de cada território, e fomentar iniciativas voltadas à geração de impacto positivo. Ao aderirem ao Simpacto, os estados passam a atuar em cinco eixos estratégicos: ampliar a oferta de capital para a economia de impacto, aumentar o número de negócios com esse perfil, fortalecer organizações intermediárias, promover um ambiente institucional e normativo favorável aos investimentos e articular ações interfederativas (entre estados e municípios).

Com esse modelo, o Simpacto se consolida como ferramenta de integração e fortalecimento da economia de impacto, posicionando o Brasil como referência na construção de soluções sustentáveis e inclusivas.