Tech Zone vai apresentar soluções tecnológicas sustentáveis desenvolvidas na Amazônia durante a COP30
Evento no Parque de Ciência e Tecnologia Guamá será espaço de debates e conexões entre pesquisadores, startups e gestores públicos
Pesquisadores, startups e gestores públicos da Amazônia se reuniram nesta segunda-feira (10), no Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) Guamá, em Belém, para apresentar soluções tecnológicas voltadas à sustentabilidade e ao enfrentamento das mudanças climáticas. A programação da Tech Zone, que integra a agenda da 30ª Conferência das Partes (COP30), segue até sexta-feira (14), sempre das 13h às 18h. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pela plataforma Sympla, com vagas limitadas.
Mais do que um evento técnico, a Tech Zone será um espaço de diálogo e demonstração de inovações para a transição rumo a uma economia verde e digital, conectando pesquisadores, empreendedores, governos, cooperativas e instituições internacionais. A iniciativa busca fortalecer a troca de experiências e promover parcerias estratégicas que possam gerar impacto direto na região amazônica.
“Estamos promovendo, ao longo desse período, várias atividades decorrentes de áreas que têm a ver com o impacto no ambiente, sobretudo. Essa é a grande questão da COP30. Então a universidade resolveu fazer, juntamente com institutos de pesquisa, uma plenária durante cinco dias para discutir questões voltadas às mudanças climáticas e à preservação do meio ambiente”, destacou Carlos Maneschy, presidente da Prodepa.
Ele ressaltou que o evento reunirá pesquisadores brasileiros e estrangeiros, com o objetivo de aproximar a ciência da vida cotidiana. “Vamos ver pesquisadores apresentando novos modelos e formas de discutir um dos maiores problemas da atualidade. Estamos abrindo espaço para reflexões sobre como a ciência, a tecnologia e a inovação podem impactar o dia a dia das pessoas”, completou.
A programação da Tech Zone está dividida em eixos temáticos. O primeiro dia será dedicado às Smart Cities, com discussões sobre inteligência artificial, monitoramento ambiental e cidades sustentáveis. O segundo dia foca nos recursos hídricos da Amazônia, com soluções voltadas à gestão da água e às comunidades costeiras. Já o terceiro tratará de tecnologias aplicadas à preservação ambiental, como o monitoramento via satélite. No quarto dia, o foco será a bioeconomia e o encerramento discutirá inovação, sustentabilidade e financiamento climático, com perspectivas para o período pós-COP30.
Para Lilian Haber, procuradora do Estado do Pará e presidente do grupo de trabalho sobre a Estratégia de Inteligência Artificial, o evento é uma oportunidade de integrar o conhecimento tecnológico à realidade amazônica. “É interessante a gente fazer o link entre a tecnologia e o nosso gostinho de tucupi, que é a nossa realidade amazônica. A tecnologia pode nos auxiliar e muito, tanto no combate às mudanças climáticas quanto na implementação das políticas públicas ambientais. A Inteligência Artificial pode ajudar no monitoramento das águas, da poluição hídrica e até de vetores de doenças. Ela vai muito além de gerar textos — é uma ferramenta que melhora a vida da população”, explicou.
Segundo Renato Francês, diretor técnico do PCT Guamá, o diferencial da Tech Zone está no protagonismo dos pesquisadores e startups da própria região. “A Tech Zone fez um recorte totalmente diferente. Os problemas e as soluções apresentados aqui são da Amazônia e para a Amazônia. Desde cidades inteligentes até bioeconomia, tudo é feito por pesquisadores e startups locais. A COP discute o planeta, e nós discutimos a Amazônia, com seus desafios e suas soluções”, ressaltou.
A Tech Zone é uma realização do Parque de Ciência e Tecnologia Guamá (PCT Guamá), da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Profissional e Tecnológica (Sectet), da Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), da Empresa de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado do Pará (Prodepa) e da Universidade do Estado do Pará (Uepa).
