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Sedap e governo do Amapá realizam intercâmbio para fortalecer cadeia do camarão-da-Amazônia

Iniciativa conjunta busca ampliar produção em cativeiro e reforçar sustentabilidade da aquicultura na região amazônica

Por Rose Barbosa (SEDAP)
31/10/2025 17h20
Técnicos da Sedap e da SEPAq fazem troca de informações com a finalidade de desenvolver a cadeia do camarão-da-amazônia

A Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) do Pará participou, nesta semana, de uma missão técnica no município de Mazagão, no Amapá, como parte do Programa de Fortalecimento e Sustentabilidade da Cadeia Produtiva do camarão-da-Amazônia (Macrobrachium amazônicum), executado desde 2023. A ação foi promovida em parceria com a Secretaria de Pesca e Aquicultura do Estado do Amapá (SEPAq), com foco na troca de experiências e no desenvolvimento de protocolos para criação da espécie em cativeiro.

A equipe da Sedap, representada pela Diretoria de Desenvolvimento de Pesca e Aquicultura, conheceu o projeto de produção de pós-larvas e engorda do camarão, instalado em propriedade particular acompanhada pela SEPAq. Apesar de ainda estar em fase experimental, a iniciativa já apresenta resultados satisfatórios, segundo avaliação do consultor técnico Sting Duarte, engenheiro de pesca e doutor em nutrição animal.

Cooperação técnica fortalece aquicultura na Amazônia

O diretor de pesca da Sedap, Orlando Lobato, liderou a comitiva paraense e destacou a importância da integração entre os estados. “Visitamos a Foz do Mazagão e o município de Tartarugalzinho, fortalecendo o desenvolvimento desta importante atividade que está de acordo com todas as premissas de sustentabilidade preconizadas pelos preceitos da COP 30 das Nações Unidas”, afirmou.

Equipe da Sedap conheceu de perto o projeto de produção de pós larvas e engorda do  camarão.

Durante a visita, também foram debatidas alternativas para produção de ração específica para o camarão-da-Amazônia, substituindo a alimentação atual baseada em ração marinha. A proposta é testar formulações com diferentes teores de proteína, utilizando subprodutos regionais como óleos e bagaços. A discussão foi conduzida pelo engenheiro de pesca da Sedap, Thiago Catuxo, em diálogo com o consultor Sting Duarte.

Intercâmbio favorece replicação de práticas sustentáveis no Pará

De acordo com o engenheiro de pesca da Sedap, Ediano Sandes, o intercâmbio com o Amapá tem como objetivo consolidar protocolos de produção a serem aplicados em larga escala no Pará, com monitoramento técnico da secretaria. “A ideia é reproduzir as práticas exitosas, criando oportunidade para a aquicultura e reduzindo o esforço de pesca sobre os estoques naturais, atualmente em declínio preocupante”, explicou.

O programa já envolveu escutas e articulações com comunidades ribeirinhas de 11 municípios do Marajó (Muaná, Curralinho, Oeiras, Gurupá, Breves, Portel, Melgaço, Afuá, Chaves e São Sebastião da Boa Vista) e de Abaetetuba, na Região de Integração Tocantins.

O secretário da SEPAq, Paulo Nogueira, destacou o alinhamento institucional entre os dois estados e a importância estratégica da iniciativa. “A SEPAq, em conjunto com o Estado do Amapá, se fará presente na COP 30 em Belém do Pará, participando dos debates em temas que envolvem a pesca e aquicultura na Amazônia”, anunciou.

A missão técnica contou com o apoio do Instituto Cabo Norte, dirigido por Samuel Lima, responsável pela articulação local com o empreendedor Márcio Lima de Matos, proprietário da área visitada, e com o consultor Sting Duarte.