Vítimas do incêndio da Cremação recebem o benefício do Cheque Moradia
Uma semana após o incêndio ocorrido na Passagem Bugarin, no bairro da Cremação, em Belém, as primeiras seis famílias vítimas do sinistro receberam, na sede da Companhia de Habitação do Pará (Cohab), o Cheque Moradia para reconstrução de suas residências. Um trabalho integrado com a Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster), Fundação Papa João XVIII (Funpapa), Defesa Civil e Corpo de Bombeiros garantiu agilidade ao atendimento das famílias, que perderam tudo no sinistro, ocorrido no último dia 22.
A presidente da Cohab, Lene Farinha, que fez a entrega dos benefícios, anunciou que na próxima semana outras cinco famílias também receberão o Cheque Moradia. "Estamos apenas aguardando a resolução de algumas pendências com a documentação para que essas pessoas possam ser inseridas no programa", explica. Ao todo, onze famílias serão beneficiadas com o Cheque Moradia por se enquadrarem nos critérios do programa habitacional, que prevê como uma das condicionantes para liberação dos recursos a condição de vulnerabilidade social.
Um dos beneficiados, Jonas Jaques, 65 anos, declarou que ficou surpreso e ao mesmo tempo satisfeito com a agilidade na concessão do benefício. "Estou surpreso de ver a velocidade com que as coisas estão acontecendo. Não é fácil você perder tudo o que se construiu durante 40 anos, como é o meu caso. Mas ao mesmo tempo fiquei feliz em ver que ninguém virou as costas para nós. Estamos sendo muito bem assistidos", informou o motorista profissional, que está instalado num kit net, com mais seis familiares.
Deficientes e Idosos - Além das seis famílias desabrigadas por conta do incêndio no bairro da Cremação, onze pessoas com deficiência e mais 43 idosos também receberam o benefício do governo nesta quinta, por integrarem o público prioritário do programa.
Francisco Monteiro Conceição, 58 anos, é cadeirante e foi à Cohab acompanhado da filha Izabela Souza. Ele mora em uma casa de madeira, no bairro do Jurunas, mas desde 1992 ficou paraplégico após uma cirurgia da coluna. Com isso, acabou por desenvolver um problema renal crônico, que o leva a ter que fazer hemodiálise semanalmente. Segundo a filha, a família já havia feito alguns reparos na casa para garantir a acessibilidade de Francisco, "mas a reforma, que é necessária mesmo, nunca tivemos condições de fazer. Com o Cheque Moradia, ele vai poder ter um quarto e banheiro adaptados e com mais privacidade", declarou a filha.
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