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Hemopa representa o Pará em ação nacional que amplia tratamento da hemofilia infantil

Fundação Hemopa foi um dos cinco hemocentros do País escolhidos pelo Ministério da Saúde para representar a rede pública no lançamento do novo protocolo do SUS, que beneficia crianças de zero a seis anos

Por Aline Seabra (HEMOPA)
24/10/2025 17h55
Saíde Trindade (médica hematologista do hemopa), Larissa Francês (diretora técnica do Hemopa), Zé gotinha, Lena Peres (assessora técnica da Secretaria de Atenção Especializada do Ministério da Saúde), Paulo Bezerra (presidente do Hemopa)

A Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (Hemopa) participou, nesta sexta-feira (24), da cerimônia nacional de lançamento da ampliação do uso do medicamento Emicizumabe para crianças de zero a seis anos com hemofilia A, pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A ação, conduzida pelo Ministério da Saúde, foi realizada em Brasília e transmitida simultaneamente para hemocentros de Belém, Recife, Fortaleza, Curitiba e Salvador, marcando um avanço importante no tratamento da hemofilia infantil e no cuidado à primeira infância.

O Hemopa foi um dos cinco hemocentros do País escolhidos para representar a rede pública no lançamento. Em Belém, a cerimônia foi acompanhada por profissionais de saúde, gestores e famílias de pacientes atendidos pela instituição, que integra a hemorrede brasileira e realiza o acompanhamento clínico e laboratorial de crianças com doenças hematológicas.

Paulo Bezerra, presidente do Hemopa

O presidente do Hemopa, Paulo Bezerra, destacou a importância da iniciativa e o impacto direto do novo protocolo no atendimento oferecido pela fundação. “Através do Ministério da Saúde, o Hemopa foi escolhido entre mais quatro hemocentros do Brasil para o lançamento do medicamento que vai atender a hemofílicos de zero a seis anos de idade. O Emicizumabe será incorporado ao SUS e fornecido gratuitamente para pacientes que precisam fazer o uso contínuo. É uma melhoria na qualidade de vida dos pacientes que o Hemopa acompanha. Hoje, temos nove crianças cadastradas nessa faixa etária que necessitam desse medicamento, agora incorporado ao protocolo de tratamento do Ministério da Saúde”, afirmou.

O novo protocolo de tratamento, anunciado pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, substitui a terapia intravenosa tradicional por injeções subcutâneas, aplicadas até três vezes por mês. “Hoje damos mais um passo importante no cuidado às nossas crianças com hemofilia A. Com a mudança no protocolo, será possível oferecer um tratamento mais moderno, seguro e humanizado, com aplicação subcutânea semanal, evitando o sofrimento de procedimentos endovenosos frequentes. Essa medida, somada a novos investimentos em hemocentros e equipamentos, reforça o compromisso do SUS com o tratamento especializado e com a qualidade de vida das crianças e de suas famílias”, destacou o ministro.

Assessora técnica da secretaria de Atenção Especializada à Saúde, Lena Peres

A assessora técnica da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde, Lena Peres, explicou que a previsão é de que o medicamento esteja disponível nas unidades da hemorrede a partir de novembro. “Ele reduz em 90% os sangramentos e substitui as aplicações intravenosas, que muitas vezes causavam dor e infecções nas crianças pequenas. A injeção subcutânea oferece um tratamento mais humano, seguro e confortável — tanto para os pacientes quanto para suas famílias”, ressaltou.

Durante o evento, a mãe Joana Brauer, que tem dois filhos com hemofilia A grave, o Lucca, de dez anos, e o Liam, de seis, compartilhou a rotina de cuidados e destacou a importância da ampliação do medicamento pelo SUS.

“Meu filho precisa ser puncionado várias vezes por semana. É doloroso — para ele e para mim. Essa medida representa dignidade e alívio para todas as mães que enfrentam essa rotina diariamente”, afirmou.

A hemofilia A é uma condição genética rara caracterizada pela deficiência do Fator VIII de coagulação, que pode causar sangramentos internos e externos, dor e sequelas articulares. O Hemopa é referência no diagnóstico, tratamento e acompanhamento de pacientes com doenças hematológicas no Pará e integra as ações nacionais do Ministério da Saúde voltadas à atenção especializada e humanizada.