Seap realiza vistoria de equipamentos e armamentos em unidades prisionais
Iniciativa visa aprimorar o controle e a manutenção dos equipamentos utilizados pelos policiais penais, assegurando eficiência e prevenção de riscos
Com foco na organização e na segurança operacional, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) iniciou um rigoroso ciclo de revista de armamentos e equipamentos de uso pessoal dos policiais penais. A medida, coordenada pela Gerência de Patrimônio (GPAT), tem como objetivo garantir a manutenção, o controle e a eficiência do material bélico, incluindo armas, coletes, munições e carregadores, utilizados diariamente nas unidades prisionais do Estado.
A primeira etapa da ação ocorreu nesta quinta-feira (23), na Unidade de Custódia e Reinserção Feminina de Ananindeua (UCRF), onde foram verificados os equipamentos cautelados aos servidores. A iniciativa reforça o compromisso da Seap com a segurança e a valorização do trabalho dos policiais penais.
De acordo com o secretário-adjunto de Gestão Operacional da Seap, Ringo Alex Rayol Frias, a vistoria faz parte de um conjunto de medidas voltadas ao fortalecimento da gestão e da segurança institucional.
“A vistoria de armamentos é uma medida essencial para garantir a segurança institucional e a integridade dos nossos policiais penais. Essa iniciativa reflete o compromisso da Seap com a eficiência da gestão pública, o controle do patrimônio e, sobretudo, com a valorização do servidor que atua na linha de frente. Estamos aprimorando nossos processos para assegurar que cada equipamento esteja em perfeitas condições de uso, reforçando a confiança e a segurança dentro e fora das unidades prisionais”, afirmou Ringo.
Na GPAT, o policial penal Ivanildo Cavalcante é um dos responsáveis pela conferência dos equipamentos. Ele explica que cada servidor deve apresentar o material que lhe foi cautelado, como arma de fogo, carregadores, munições e colete balístico individual.
Cavalcante detalha que, durante a inspeção, é verificado o estado do armamento, o funcionamento adequado e a correspondência das munições com o lote registrado. Ele ressalta que qualquer inconsistência é devidamente anotada.
“Se o policial penal recebeu 30 munições, mas ele só veio com dez, ele traz uma ocorrência dizendo qual o motivo que ele disparou essa munição, ou não, pois detecta essa falta (das munições) e a gente coloca essa observação sobre essa falta. Estamos fazendo também a troca do colete vencido, a gente já faz a troca na hora”, afirma Ivanildo.
O servidor enfatiza que o trabalho da Secretaria aumenta o controle e garante mais segurança aos profissionais. O procedimento já identificou casos de armamentos com defeitos e coletes vencidos, que poderiam colocar em risco a integridade do policial.
“A gente consegue identificar falha em armamento que o policial está utilizando e pode trazer risco de vida para ele. Conseguimos identificar armamento que foi entregue para policial penal, e a arma veio com defeito, e ele nem sabia, e a gente conseguiu identificar. A gente consegue identificar colete vencido também que foi entregue lá no passado, que tá comprometendo a segurança do policial, e esse colete é trocado automaticamente”, frisou o policial.
Além de garantir segurança, a revista do material também fortalece a gestão patrimonial da Seap. Ivanildo explica que, antes da implementação do novo modelo de controle, era comum que equipamentos fossem realocados entre unidades, dificultando o rastreamento.
“A gente está tendo uma organização desse material para a gente poder identificar com quem ele está e onde ele está. Dessa forma que a gente está conseguindo fazer essa organização, na verdade, desse material”, detalhou o policial.
O policial Carlos Eduardo, lotado na Central Integrada de Monitoramento Eletrônico (Cime), também destacou a relevância da iniciativa. “É muito importante essa vistoria, devido ao nosso material bélico, que por ventura vem ser utilizado. A importância da secretaria vem visar à troca do nosso material, principalmente nossa munição. Em caso de uma emergência, não há falha por falta de vistoria, e é isso que é importante”, destacou.
A policial penal Rossyne, da UCRF de Ananindeua, reforçou que a ação representa um cuidado direto com o servidor e com a instituição. “Eu acho muito importante na questão da própria segurança para o servidor mesmo, com o cuidado, com o material que foi entregue há quase três anos, e a responsabilidade com material bélico, tanto para a instituição como para as unidades penais, essa conferência é questão de controle mesmo. E não só como uma forma de estar fazendo a conferência, do controle, e também se houver alguma necessidade de troca, aqui é o lugar certo. É importante, é necessário fazer periodicamente essa revista”, concluiu.
A revista de armamentos é mais uma medida de gestão da Seap que reforça a preocupação com a segurança institucional, a padronização dos procedimentos e o bem-estar dos servidores que atuam na linha de frente do sistema penitenciário.
Ação coordenada pela Gerência de Patrimônio será realizada em todas as unidade da Região Metropolitana de Belém (RMB). A vistoria completa de armas, coletes e munições, fortalece a segurança institucional e garante o bom funcionamento dos equipamentos utilizados nas atividades prisionais.
