'Pecuária Sustentável' reforça protagonismo do Pará na rastreabilidade e segurança alimentar
Iniciativa do governo do Estado foi destaque em evento da Pré-COP30, em Brasília, que reuniu especialistas para debater produção sustentável e ampliação do mercado internacional para a carne paraense
O Governo do Pará, por meio da Agência de Defesa Agropecuária (Adepará), apresentou os avanços do Programa Pecuária Sustentável no evento “Alianças e Caminhos: Diálogos para a COP30”, promovido pela WWF-Brasil, em Brasília (DF). A iniciativa visou fortalecer a transparência da cadeia produtiva e ampliar o acesso da carne paraense a mercados internacionais.
No encontro, que reuniu representantes do poder público, setor produtivo e da sociedade civil para discutir estratégias voltadas à rastreabilidade, produção sustentável e expansão do mercado internacional para a carne paraense, o diretor-geral da Adepará, Jamir Macedo, destacou que o Programa vem colocando o Pará na vanguarda da rastreabilidade animal no Brasil.

Segundo Jamir Macedo, “o 'Pecuária Sustentável' está em plena expansão, com equipes em campo visitando propriedades rurais. O Estado é responsável por disponibilizar o elemento de identificação e realizar a rastreabilidade gratuitamente para produtores com até 100 cabeças de gado, enquanto os produtores com mais de 100 animais podem adquiri-lo nas revendas agropecuárias. Hoje, já são mais de 175 mil animais identificados no sistema de rastreabilidade bovina”, informou.

Transparência e competitividade - A iniciativa, pioneira no Brasil, consolida uma parceria entre os setores público e privado para garantir alta produtividade, segurança sanitária e responsabilidade socioambiental. Com a rastreabilidade, o Pará fortalece a transparência da cadeia produtiva, comprova a origem da carne produzida e amplia o acesso a mercados internacionais exigentes, valorizando sua produção.
“Nós temos duas grandes metas: a partir de 1º de janeiro de 2026, todo trânsito de bovinos no Estado deverá estar identificado, ou seja, animais de cria, recria, engorda, abate ou exportação que transitam no Estado devem estar com o elemento de identificação. A outra meta prevê que, em 1º de janeiro de 2027, todo o rebanho paraense esteja identificado”, adiantou Jamir Macedo.
Credibilidade internacional - Durante os debates, especialistas reforçaram que o Pará tem demonstrado liderança e inovação na implementação de práticas sustentáveis e no uso de tecnologias que conectam o campo às demandas internacionais por produtos livres de desmatamento e conversão.

“O Pará tem conduzido iniciativas inovadoras relacionadas à rastreabilidade. Este diálogo permite debater modelos e estratégias que representam uma transformação estruturante liderada pelo governo do Estado”, destacou a diretora de Relações Corporativas do WWF-Brasil, Daniela Teston.