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Museu das Amazônias realiza Fórum de Justiça Climática nestes 16 e 17 de outubro

Iniciativa com inscrição gratuita, é parceria com o Museu das Favelas de São Paulo e aborda o tema 'Periferias, florestas e futuros do Sul global'

Por Amanda Engelke (SECULT)
15/10/2025 10h46
Em Belém, Museu das Amazônia tem programação sobre urbanização, racismo ambiental e crise climática nas margens do país

O Museu das Amazônias (MAZ) realiza, nesta quinta (16) e sexta-feira (17), o Fórum de Justiça Climática. Realizado em parceria com o Museu das Favelas de São Paulo, o evento é aberto ao público e tem como tema central as “Periferias, florestas e futuros do Sul global". As discussões serão conduzidas por lideranças de comunidades, artistas, comunicadores e pesquisadores de diferentes territórios. 

Durante a programação, o evento propõe reflexões sobre as narrativas de enfrentamento à crise climática e o futuro da região Amazônica, assim como do restante do planeta. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas no local. 

Grazielle Giacomo, gerente técnica do MAZ, explica que a proposta é que se crie um vislumbre de futuro nas soluções comunitárias, a partir da diversidade de experiências dos porta-vozes do Sul global. “Ao aproximar periferias urbanas e comunidades amazônicas, queremos evidenciar que as soluções para a crise climática também vêm das margens de comunidades que reinventam o viver em meio às transformações do planeta”, afirma.

A diretora do Museu das Favelas, Natália Cunha, também avalia a urgência em se discutir soluções, para o que ela descreve não ser mais um futuro distante, em especial, para os mais afetados, que residem nas periferias.

Museu das Amazônias (MAZ) fica no Complexo Porto Futuro II, no galpão 4A, na avenida Marechal Hermes, no Reduto

“A crise climática já deixou de ser futuro, é uma questão urgente, seus impactos atingem a população de maneira desigual, e os mais afetados são pessoas negras, periféricas, indígenas e migrantes, expostos a riscos ambientais como enchentes, deslizamentos, poluição e calor extremo. Dar espaço para que essas vozes sejam ouvidas é abrir caminhos reais de cuidado coletivo e soluções para o agora e um futuro mais justo”, diz Cunha.

Sobre o MAZ

O Museu das Amazônias é um símbolo de cooperação e compromisso coletivo para valorizar, preservar e projetar o patrimônio cultural, científico e ambiental da região, fruto de uma iniciativa do Governo do Estado do Pará, realizada pela Secretaria de Estado de Cultura (Secult) em parceria com o Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet).

Além do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), e do Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG), que o implementou, em parceria com o Museu Paraense Emílio Goeldi. O projeto também conta com apoio da iniciativa privada, através da Vale, do CAF, BNDES, Finep e a colaboração de empresas como Hydro, New Fortress Energy, Ipiranga, Mercado Livre e Ultracargo.

Confira a programação:

Dia 16 de outubro – Justiça Climática é Justiça de Território
A abertura contará com falas de representantes do Museu das Favelas e do Museu das Amazônias.

10h – Mesa 1: Urbanização, racismo ambiental e a crise climática nas margens do país
Debate sobre as múltiplas Amazônias urbanas e o impacto da crise climática sobre as populações periféricas.
Eixos: racismo ambiental, invisibilidade das periferias amazônicas, moradia, saneamento e mobilidade urbana.
Convidados: Aline Meiguins, professora e Coordenadora do Grupo de Pesquisa em Estudos e Modelagem Hidroambientais (UFPA) e Ana Luiza de Araújo (Movimento Tucunduba Pró Lago Verde | PA) - Movimento Tucunduba Pró Lago Verde
Mediação: Andrey Leão (Arte-educação – MAZ).

14h – Mesa 2: Futuros possíveis – arte, cultura e imaginação
Reflexão sobre a cultura como ferramenta de enfrentamento da crise e de criação de outros mundos.
Eixos: estéticas periféricas e amazônicas como potência política; narrativas decoloniais e utopias negras e indígenas; cultura, memória e arte como tecnologias sociais de futuro.
Convidados: Ursula Vidal (Secretária de Cultura do Estado) e Jeft Dias (Psica). Mediação: Jairo Malta (curador do Museu das Favelas).

Dia 17 de outubro – Do Sul Global para outros futuros
A abertura do segundo dia também contará com representantes dos museus parceiros.

10h – Mesa 3: Saberes do Sul Global – territórios vivos e tecnologias ancestrais
Debate sobre as conexões entre a Amazônia, o Brasil dos extremos e o Sul Global, com destaque para saberes e práticas territoriais.
Eixos: agroecologia, bioeconomia comunitária, inovação popular e pontes entre saberes indígenas, quilombolas e periféricos.
Convidados: Tainah Fagundes, Sócia da Criativa DaTribu e Diretora Territorial Casa Niaré, Isabela Lima, CEO do Bioma Sustentável e Silvia Rodrigues, Biojóias do Combu
Mediação: Arlan Seabra, Arte-educação MAS

14h – Mesa 4: Quem comunica os nossos futuros?
Discussão sobre o protagonismo comunicacional das bordas e o papel da comunicação popular na disputa de narrativas sobre o clima.
Eixos: mídia comunitária e redes periféricas; insurgência nas redes; juventudes e comunicação climática transnacional.
Convidados: André Godinho, secretário-executivo do COP 30 da prefeitura de Belém, Vitória Leona, artista multidisciplinar e nômade e Erivelton Chaves, da Rede Cuíras.
Mediação: Camila Costa (Coordenadora de Comunicação do MAZ).

Serviço:
Fórum de Justiça Climática
Museu das Amazônias – Galpão 4A, Porto Futuro, Belém (PA)
Datas: 16 e 17 de outubro de 2025
Entrada gratuita

*Com informações da Assessoria de Comunicação do Museu das Amazônias