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Helder Barbalho e Hana Ghassan se integram à multidão que reverencia Maria no Círio 2025

O governador e a vice-governadora do Pará expressaram fé e gratidão à Virgem de Nazaré, cuja Imagem Peregrina foi conduzida no 223º Círio por diversas ruas de Belém

Por Governo do Pará (SECOM)
12/10/2025 16h18
Círio de Nazaré em sua 223ª edição

Ruas de Belém, do centro histórico à área central, foram novamente tomadas por fiéis, emoção e esperança na manhã deste domingo (12), durante o 233° Círio de Nazaré. Entre os milhões de devotos que acompanharam a principal romaria em homenagem à Rainha da Amazônia estavam o governador Helder Barbalho e a vice-governadora Hana Ghassan, que se uniram à multidão para expressar, com fé e gratidão, o amor à Nossa Senhora de Nazaré.

Nas primeiras horas da manhã, o governador acompanhou a saída da Imagem Peregrina da Catedral de Belém em direção à Basílica Santuário de Nazaré, como faz desde 1999. "Fiz esse compromisso com Maria, com Nossa Senhora de Nazaré, para agradecer tudo o que ela tem feito. E ela tem sido tão protetora! E eu, nesse momento, independentemente da função que exerço, tenho que vir aqui para agradecer como romeiro, como cada um daqueles que sabe o quanto ela é importante para todos nós", declarou Helder Barbalho.

Helder Barbalho acompanhou o Círio, renovando o gesto de agradecimento iniciado em 1999

O governador ressaltou a quantidade de devotos nesta edição do Círio. "Certamente, isso se deve à paixão e ao amor que os devotos têm por Maria, mas também ao número de visitantes e de turistas, e ao momento que nós estamos vivendo, em que o mundo se volta para nós", acrescentou, referindo-se à conferência mundial sobre mudanças climáticas, COP30, que Belém sediará em novembro. 

Capacidade - Ele ainda informou que membros da ONU (Organização das Nações Unidas) que participaram do Círio Fluvial destacaram a capacidade de acolhimento do evento, comparando a experiência à facilidade que teriam na COP30. "Agora, isso porque eles não tinham visto ainda a Trasladação e o que estão vendo agora (a grande procissão). Então, se alguém estava achando que a gente precisava de teste para a COP, nós testamos a nossa capacidade de acolher todos os anos com o Círio de Nazaré", assegurou Helder Barbalho.

Hana Ghassan distribuiu água aos romeiros

A vice-governadora Hana Ghassan também acompanhou a romaria e distribuiu água para os romeiros. "Essa é uma forma que nós encontramos de estar ajudando a todos com a entrega, a distribuição gratuita de água gelada. E é uma alegria a gente estar participando de mais um Círio, que representa a união, a gratidão de cada um de nós para a nossa Mãe, e também renovação da nossa fé", afirmou.

"Eu quero desejar a todas as famílias que seja um momento de muita união, um momento de engraçamento, de a gente agradecer e renovar os nossos pedidos. Mas, acima de tudo, a gente ser grato a Ela, que cuida da vida e do coração de cada um de nós", reiterou Hana Ghassan.

Agradecimentos - Durante o percurso, as histórias de fé se misturavam às cores, às flores e às lágrimas dos promesseiros. Entre eles, os irmãos Vitor Monteiro, 26 anos, e Renata Monteiro, 21 anos, que fizeram de joelhos o trajeto da Catedral Metropolitana de Belém à Basílica Santuário de Nossa Senhora de Nazaré. Com o auxílio de familiares e amigos, eles agradeceram pela recuperação da saúde da mãe, paciente oncológica.

"Minha mãe está em remissão total depois de cinco anos lutando contra o câncer. Recebemos a notícia uma semana antes do Círio, e foi impossível não vir", contou Vitor. 

Outra devota que alcançou uma graça de cura é Karen Silva, 23 anos, professora de dança. Após sofrer uma lesão que quase a afastou definitivamente dos palcos, ela fez promessa a Nossa Senhora pedindo pela recuperação. "Fiquei meses sem conseguir dançar e, por um tempo, até sem conseguir andar. Prometi que, se pudesse voltar a dançar de novo, que é o meu trabalho, o meu hobby e o meu refúgio, eu viria. Este ano, por mais que eu ainda tenha a lesão, o médico já me liberou para voltar a dançar de novo, a trabalhar com isso", relatou Karen.

Para Ruth Rocha, 30 anos, o agradecimento foi pela conquista da casa própria. Ela levou a miniatura de uma casa, confeccionada em cera, para pagar a promessa. Com os olhos marejados, ela tentou descrever o que sentia. "É uma experiência que nenhuma palavra vai conseguir descrever. É só mesmo para quem vem e sente toda essa energia", disse Ruth, que é do candomblé, mas destacou o caráter universal da fé que move os romeiros em Belém. "Independente de religião, Deus é um só", afirmou.

Enquanto a corda - um dos principais símbolos da Festividade de Nazaré - avançava lentamente pelas ruas enfeitadas, orações e músicas marianas se misturavam ao choro e aos aplausos da multidão. No rosto dos fiéis, a emoção era a mesma: a certeza de que a fé em Nossa Senhora de Nazaré é um elo para o povo paraense. 

Com a chegada da Imagem Peregrina à Basílica Santuário, pouco antes do meio-dia, os sinos tocaram e as palmas ecoaram, marcando mais um capítulo da história de fé que há mais de dois séculos emociona o povo paraense e a todos que se juntam na devoção à Maria.

Texto: Bianca Leão - Secom