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Semas firma acordo que valoriza produtores rurais aliando a indústria paraense à cadeia produtiva sustentável

O acordo de adesão firmado fortalece ainda mais o ordenamento territorial e a regularidade ambiental de produtores agrícolas no Estado

Por Jamille Leão (SEMAS)
11/10/2025 18h42

Visando o fortalecimento de cadeias produtivas sustentáveis no Estado do Pará, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade (Semas) firmou, nesta quinta-feira (9), um acordo de adesão com a empresa Cargill Agrícola S.A., para ações que fortalecem o programa Regulariza Pará e o apoio a produtores rurais que integram a cadeia de fornecedores da empresa no Pará.

A cerimônia ocorreu durante o painel “Regularização Ambiental e Desenvolvimento Produtivo no Pará”, promovido pela Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa) em parceria com a Semas e a Cargill. O planejamento das ações prioriza iniciativas voltadas ao ordenamento territorial como estratégia para mitigação dos impactos das mudanças climáticas, promovendo o uso sustentável do solo, a proteção de áreas sensíveis e a integração entre políticas ambientais e de desenvolvimento regional.

No momento da assinatura, estiveram presentes o secretário titular da Semas, Raul Protázio Romão, o secretário adjunto de Gestão e Regularidade Ambiental da Semas, Rodolpho Zahluth Bastos, representantes da Cargill, e o presidente da Fiepa, Alex Carvalho.

“A integração da indústria paraense com o setor ambiental é resultado de uma relação construída ao longo do tempo e que hoje se consolida em um novo momento para o Estado. O Pará vem demonstrando que é possível alinhar desenvolvimento econômico, produção e sustentabilidade. A origem dos insumos precisa ser ambientalmente correta, socialmente justa e em conformidade com as regras ambientais: é assim que construímos cadeias produtivas sólidas e responsáveis. Nosso desafio é fortalecer a indústria tradicional, garantindo uma origem sustentável, e, ao mesmo tempo, impulsionar a nova indústria amazônica, baseada na biodiversidade, em pesquisa, inovação e biotecnologia. Estamos dando um passo importante para estruturar uma indústria amazônica forte, inclusiva e sustentável, que valorize o produtor, preserve a floresta e gere desenvolvimento para o povo paraense”, ressaltou o secretário da Semas, Raul Protázio.

O acordo, firmado no âmbito do Programa Regulariza Pará, envolve investimento de R$ 37 milhões, que serão destinados ao apoio à agricultura familiar e ao fortalecimento de ações integradas entre o setor público e o setor privado.

Entre os principais eixos e ações previstas, estão a indicação dos produtores para análise do Cadastro Ambiental Rural (CAR); realização de diagnóstico das propriedades indicadas; atendimento das pendências dos cadastros no SICAR; validação do CAR; indicação dos passivos ambientais; adesão ao Programa de Regularização Ambiental (PRA); implementação do Projeto de Recomposição de Áreas Degradadas e Alteradas (PRADA); implementação do Projeto Alimentação Pai D’égua; implementação do Projeto InfoCentro AWOJU Quilombola; implementação do Projeto Sistema de Produção Agroecológico Familiar: Promovendo sustentabilidade em Escola do Campo; implementação do Projeto Protagonismo Feminino e Bionegócios na Amazônia; implementação do Projeto Ciência na Ponta: Mulheres Promovendo Sistemas Alimentares Sustentáveis na Amazônia e Matopiba; implementação do Projeto VALORE – AssistirAgro; implementação do Programa Raízes da Transformação; programa Comunidades Prósperas – Rural; programa Comunidades Prósperas – Urbana; coalizão Pará para enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes; e a proteção dos Direitos das Crianças e Adolescentes.

Essas iniciativas abrangem desde o apoio técnico à regularização ambiental de imóveis rurais até ações sociais integradas que promovem a segurança alimentar, o protagonismo feminino e o fortalecimento comunitário, reforçando o papel da sustentabilidade como eixo estruturante do desenvolvimento.

O secretário adjunto da Semas, Rodolpho Zahluth Bastos, destacou que “este acordo representa um marco importante na consolidação de parcerias entre o setor público e o setor privado em torno da agenda climática. Temos buscado dialogar com empresas que compreendem a relevância de alinhar suas ações de sustentabilidade às políticas públicas ambientais, promovendo regularização, restauração florestal e desenvolvimento com responsabilidade. A parceria com a Cargill é um exemplo de como é possível criar um ciclo positivo, em que todos ganham: o agricultor familiar, com regularidade ambiental de sua propriedade rural; o Estado, que avança na agenda de conformidade ambiental; a sociedade, que se beneficia da conservação; e a própria empresa, que fortalece sua atuação sustentável no mercado”.

Para a Fiepa, o acordo representa consciência coletiva. “Buscar o equilíbrio entre conservação ambiental e desenvolvimento sustentável é o grande desafio do nosso tempo. Para que esse desenvolvimento seja, de fato, sustentável, ele precisa unir competitividade econômica, sensibilidade social e responsabilidade ambiental. O que estamos construindo aqui é fruto de uma consciência coletiva, que alia o cumprimento das leis com a necessidade de fazer o Pará crescer de forma equilibrada. O Sistema Fiepa se coloca como parceiro do Estado nesse propósito, contribuindo com soluções e fortalecendo as cadeias produtivas para agregar valor à produção local”, enfatizou o presidente da federação, Alex Carvalho.

“Para a Cargill, é uma grande satisfação estar presente neste momento. O que estamos materializando aqui é resultado de uma jornada de diálogo iniciada há cerca de nove meses, fruto de um esforço conjunto entre a Cargill e a Semas para colocar em prática algo que é um verdadeiro diferencial do Estado do Pará, que foi pioneiro na regulamentação do uso de sistemas agroflorestais, tendo o cacau como um dos principais vetores econômicos para restaurar áreas degradadas e promover a conformidade ambiental. Acredito firmemente que o Pará tem todas as condições de se destacar globalmente, entregando não apenas um produto de qualidade, mas também um serviço ambiental ao mundo”, destacou Bruno Cheble Ferreira, diretor de Originação e Trading da Cargill.

Para os próximos passos, está prevista a elaboração de um Plano de Trabalho que definirá objetivos, justificativas, eixos, metas, ações, descrições, produtos/resultados, responsáveis, prazos e outros elementos necessários ao alcance dos resultados esperados no âmbito do acordo.