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Galeria Theodoro Braga promove roda de conversa sobre a exposição “Atravessamentos”

Encontro reuniu o artista Marcone Moreira, a curadora Marisa Mokarzel e estudantes de Artes, promovendo reflexões sobre processos criativos e curadoria em arte contemporânea

Por Aycha Nunes (FCP)
09/10/2025 16h01
Roda de conversa sobre a exposição "Atravessamentos", do artista paraense Marcone Moreira

Na manhã desta quinta-feira (9), a Galeria Theodoro Braga, localizada no subsolo da Fundação Cultural do Pará (FCP), foi palco de uma roda de conversa sobre a exposição “Atravessamentos”, do artista paraense Marcone Moreira, vencedor do Prêmio Branco de Melo 2025. O evento ocorreu logo após o lançamento do catálogo oficial da mostra e contou com a presença do próprio artista e da curadora da exposição, Marisa Mokarzel.

O encontro reuniu alunos do curso de Artes Visuais da Universidade da Amazônia (Unama), em uma iniciativa que buscou aproximar o público acadêmico dos bastidores e das reflexões conceituais por trás da produção artística contemporânea.

Marcos Muniz, estudante de Artes na Universidade da Amazônia (Unama)

Para o estudante Marcos Muniz, a experiência foi enriquecedora, tanto do ponto de vista acadêmico quanto artístico. “Agrega ainda mais à nossa perspectiva como artistas. Eu já conhecia o nome do Marcone, mas nunca tinha me aprofundado na obra dele. Ter essa conversa direta com o artista foi muito interessante, uma oportunidade rara”, frisou. 

Responsável por levar os alunos até à galeria, o artista e professor Mariano Klautau Filho ressaltou a importância de atividades práticas como essa na formação dos estudantes. "Trouxe minha turma da disciplina de Crítica e Curadoria de Arte, em que discutimos tanto movimentos históricos quanto a produção contemporânea. A exposição do Marcone é um material riquíssimo para observar questões conceituais e formais. Essa vivência amplia o repertório deles de forma concreta”, analisou. 

Curadora da exposição “Atravessamentos”, Marisa Mokarzel

A curadora Marisa Mokarzel também destacou a relevância pedagógica do evento. “Esse tipo de encontro é essencial. Primeiro, há o contato direto com a visualidade da obra; depois, vem a compreensão do processo criativo, do pensamento do artista. Isso tudo contribui para que o estudante desenvolva um olhar mais apurado sobre a arte, e sobre o mundo”, pontuou. 

Durante a conversa, Marcone Moreira compartilhou detalhes do seu processo criativo e falou sobre a importância de trocar experiências com jovens artistas: “Ver a exposição é uma coisa; entender o que está por trás da produção é outra. No meu caso, o processo envolve viagens, coletas, experiências que afetam diretamente a obra. Eu quis trazer esses bastidores para os alunos, mostrar que o ateliê é só uma parte. O caminho até a obra é tão importante quanto o resultado final.”

Marcone Moreira é vencedor do Prêmio Branco de Melo 2025

A exposição “Atravessamentos” segue aberta ao público até o dia 17 de outubro, das 8h às 19h, na Galeria Theodoro Braga. A mostra reúne pinturas, objetos em madeira e fotografias inspiradas no universo naval amazônico, convidando o visitante a refletir sobre deslocamentos, fronteiras e experiências sensoriais ligadas ao território.

Texto de Maurício Carvalho/ Ascom FCP