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Calendário agrícola divulgado pelo IBGE reafirma a força das cadeias tradicionais e também a expansão dos grãos no Pará

O levantamento anual do instituto, regionalizado pela Sedap, mostra que o Estado continua na liderança de culturas como o açaí, cacau, mandioca, dendê e bubalinos

Por Rose Barbosa (SEDAP)
03/10/2025 13h38
A soja está entre os grãos que cresceram, reforçando a integração do Pará às rotas do agronegócio brasileiro

O Pará continua liderando no cenário nacional das cadeias do açaí, cacau, dendê, mandioca e bubalinocultura de acordo com o mais recente calendário da Produção Agrícola Municipal (PAM) e da PPM (Pesquisa Pecuária Municipal) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), tomando como base a cadeia produtiva de 2024. Os dados foram divulgados em setembro deste ano. Regionalmente, foram sistematizados pela Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), por meio do Núcleo de Planejamento e Estatísticas (Nuplan). 

Os dados mostram que em 2024 o Pará produziu 1,61 milhão de toneladas de açaí com destaque para a região do Baixo Tocantins. Já em relação ao cacau, o IBGE mostra que o Estado lidera a produção com 137,46 mil toneladas, com destaque para a região do Xingu. Outra cultura que é líder absoluta na produção é o dendê. De acordo com a PAM, foram produzidas 3,13 milhões de toneladas, com destaque para a RI do Tocantins.

Essa mesma região é líder na produção de mandioca. De acordo com a Sedap/Nuplan, foram produzidas em todo o Pará 3,97 milhões de toneladas, com um valor de produção de R$ 4,64 bilhões. 

O Pará continua se mantendo líder absoluto na produção bubalina com destaque aos municípios marajoaras

Na pecuária, o rebanho bubalino paraense continua como líder no cenário nacional com uma produção de 775,1 mil cabeças com destaques ao município marajoara de Chaves.

As pesquisas do IBGE (PAM/PPM) são referência oficial sobre produção agropecuária, funcionando como o “balanço anual da safra e do rebanho”, segundo explicou o estatístico Ulisses Silva, responsável pelo levantamento. As pesquisas marcam o calendário do setor. “Quando divulgados, tornam-se base para políticas públicas, crédito rural, assistência técnica e planejamento da infraestrutura de escoamento”, observou.

Liderança Amazônica- Para o Pará, complementa o estatístico, os resultados dessas pesquisasdo IBGE reforçam a imagem de um Estado que é líder em cadeias amazônicas (açaí, cacau, dendê, mandioca, bubalinos) e, “ao mesmo tempo, expande os grãos que o conectam ao agronegócio”.

A coordenadora de planejamento e estatísticas da Sedap, Maria de Lourdes Minssen, diz que as informações divulgadas pelo IBGE são de grande relevância, não apenas por serem dados confiáveis e precisos, mas para ajudar na tomada de decisão do Poder Público. 

“A importância desses dados são a fonte e a metodologia, são dados precisos, confiáveis e atualizados. O que na hora de tomada de decisões nas políticas públicas é de suma importância para que sejam assertivas, que gerem resultados”, enfatizou.

O trabalho mostra o Pará entre os maiores produtores das cadeias apresentadas pela fonte IBGE. “Tudo isso mostra que o PIB do agronegócio (Produto Interno Bruto) do Pará vem crescendo numa progressão maior do que o PIB nacional”, observou a coordenadora de Planejamento. 

A produção do cacau continua se destacando e segundo o IBGE, o Pará aparece em destaque no cenário nacional

Resumo das principais cadeias divulgadas pelo IBGE e sistematizadas pela Sedap 

Produção Agrícola Municipal (PAM – ano-base 2024)

Segundo o IBGE, a produção agrícola paraense em 2024 reafirmou a força de cadeias tradicionais e também a expansão dos grãos

·         Açaí: o Pará manteve a liderança nacional absoluta, concentrando mais de 90% da produção brasileira.

·         Mandioca: segue como cultura de base alimentar, com presença em todos os municípios, sustentando indústrias de farinha e fécula.

·         Cacau: o Estado continua como principal produtor do país, consolidando a cacauicultura como vetor estratégico.

·         Dendê: fundamental no polo agroindustrial da região nordeste do Estado.

·         Abacaxi: destaque nacional, com polos produtivos no Araguaia e nordeste paraense.

·         Grãos (soja, milho, arroz e feijão): soja e milho tiveram crescimento de área e produção, reforçando a integração do Pará às rotas do agronegócio brasileiro.

Pesquisa Pecuária Municipal (PPM – ano-base 2024)

·         Bovinos: o Pará consolidou-se entre os maiores rebanhos do Brasil, sustentado pelo crescimento da pecuária de corte.

·         Bubalinos: manteve a liderança nacional, com grande concentração no Marajó.

·         Leite e ovos: produção em expansão, fortalecendo cadeias regionais de abastecimento.

·         Mel e meliponicultura: atividade crescente, com papel social para a agricultura familiar.

Serviço: O levantamento completo das cadeias produtivas pode ser acessado na íntegra através do endereço www.sedap.pa.gov.br.