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Fábrica Esperança e Cohab fazem programação especial para pais que mudaram de vida

Por Redação - Agência PA (SECOM)
07/08/2015 16h29

A sexta-feira foi especial para 130 egressos do sistema prisional. Eles participaram de programação em homenagem ao dia dos pais na Fábrica Esperança, também conhecida como Associação Polo Produtivo Pará. O evento contou com música ao vivo de universitários do curso de música da Universidade do Estado do Pará (Uepa), além da distribuição de presentes e café da manhã.

Na ocasião, ainda foram entregues os benefícios do Cheque Moradia para 26 pessoas. O programa tem o objetivo de promover a construção, reforma ou ampliação das casas de pessoas com baixa renda e combater o déficit habitacional.

Ao todo, a Fábrica Esperança desenvolve atividades de inclusão social com 354 ex-detentos. Destes, 98 trabalham na sede, localizada na travessa Benjamin Constant, 313, no bairro do Reduto, e desempenham funções de serviços gerais, na administração, como cozinheiros ou padeiros, entre outras. O espaço também desenvolve cursos de capacitação e atividades que visam a ressocialização dos egressos à sociedade e ao mercado de trabalho.

O projeto conta com o apoio das Secretarias de Estado de Educação (Seduc), de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster) e Companhia de Habitação do Estado do Pará (Cohab).

Para Max Pinheiro, de 31 anos, que ficou 6 anos detido, o Polo proporcionou uma mudança significativa em sua vida. “Quando saí do sistema prisional, a primeira coisa que eu fiz foi procurar a Fábrica Esperança”, ressaltou Max Pinheiro, que hoje é funcionário no setor de serviços gerais da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel). “Já fiz dois cursos, um pelo Pronatec e outro pelo Senai. Planejo me capacitar, trabalhar como técnico em computação, para dar melhor qualidade de vida aos meus familiares”, afirmou o ex-detento, que estava acompanhado do filho Maycon Mendes, de 10 anos.

Realidade semelhante viveu o ex-detento Jonata Átila, 25. “Aqui, na produção de roupas da Fábrica, já consegui cursos, estudo e emprego de carteira assinada. Mas quero ser eletricista e já me inscrevi em um curso por aqui. Só tenho a agradecer pelo o que eles ofereceram para mim, inclusive essa semana especial do dia dos pais”, declarou.

Já Miguel Trindade, 37, só tem a agradecer a Fábrica Esperança que o possibilitou a oportunidade de atuar em várias atividades. “Trabalho como costureiro, cortador e serigrafista. Futuramente planejo montar meu próprio negócio no setor de comércio”, conta Miguel, que é pai de uma filha de 7 anos.   

O diretor do Pólo, Marcos Lopes, ressalta que a “fábrica é do povo” e considera que o trabalho feito por eles é uma pequena contribuição para haver mudanças no cenário atual da sociedade brasileira. “Esse evento tem a função de mostrar que é possível a valorização, a reintegração de pessoas as quais estavam na margem da sociedade. Agora eles são indivíduos que possuem esperança e sonhos”, comentou.

Segundo o diretor, ainda existe certa resistência das empresas em contratar ex-detentos, mas que essa situação melhorou nos últimos anos. Ele informa quer o plano é construir filiais em outros municípios do Estado. “Realizamos palestras e orientamos empresários para saberem que esses egressos são capacitados. Estamos com o interesse de construir filiais em Marabá, Santarém e Tucuruí. Falam muito em crise, digo para tirarem um ‘s’ da palavra e vai ficar crie. Ou seja, crie oportunidades e esperanças”, concluiu.