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Hospital Gaspar Vianna promove III Jornada de Cardiopediatria com ênfase em diagnóstico precoce

Evento reunirá especialistas para discutir avanços no diagnóstico e tratamento das cardiopatias congênitas, área em que o HC se destaca pelo cuidado multiprofissional e acolhimento às famílias

Por Lucila Pereira (HC)
24/09/2025 18h46

Nos dias 26 e 27 de setembro (sexta-feira e sábado), a Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (HC), referência em cardiologia e pediatria na Região Norte, promove a III Jornada de Cardiopediatria: panorama atual das cardiopatias congênitas na Amazônia paraense, que reunirá profissionais de diferentes áreas para discutir avanços no diagnóstico, tratamento e acompanhamento das cardiopatias congênitas. A programação completa e as inscrições estão disponíveis no site do HC.

Mais do que números e protocolos, a cardiopediatria do HC é marcada por histórias de vida. É o caso de Samuel Celestino, 9 anos, que recebeu alta da UTI Pediátrica no último dia 23, após passar por cirurgia cardíaca. Samuel nasceu com tetralogia de Fallot, uma cardiopatia congênita rara que compromete o fluxo de oxigênio pelo corpo, e desde então é acompanhado pela equipe multiprofissional.

Briann Keelty e Samuel, que faz tratamento no HC desde o nascimento

“Eu sou muito grata aos profissionais. Eu conheço gente desde a primeira internação, que viram o meu filho crescer. É uma equipe extremamente humanizada, que eu me senti extremamente próxima e acolhida. Eu sou realmente grata. Não faltou pra ele nada”, contou a mãe de Samuel, Briann Keelty, 44 anos. Ela e o filho estão no HC desde 12 de julho, período em que Samuel passou por cateterismo e cirurgia cardíaca. “Até quando eu senti frio chegou uma camisa pra mim não sentir frio. Meu filho tá se recuperando bem, e tá muito bem assistido”, garantiu.

Outra família que encontrou apoio no HC é a de Antony Noah de Amaral Lima, 3 meses. Oriundo de Vitória do Xingu, município do oeste paraense, chegou a Belém por meio do Tratamento Fora de Domicílio (TFD). O bebê foi diagnosticado ao nascer com malformação cardíaca, que compromete a ventilação pulmonar e está em avaliação para definição do melhor tratamento.

Raiane Amaral, mãe de Anthony, ressalta o acolhimento oferecido pela equipe multiprofissional

“A gente se sente acolhido aqui. Os profissionais não cuidam só do bebê; eles olham também para a mãe, para a família. Isso faz toda a diferença num momento tão difícil”, destacou Raiane Amaral, 21 anos, mãe de Antony.

Identificação - De acordo com a cardiopediatra Josélia Mansour, chefe da Clínica Pediátrica do HC, as cardiopatias congênitas são malformações que afetam a estrutura ou a circulação do coração, e podem ser identificadas já durante a gestação. “Se fizer o pré-natal, há a oportunidade de levantar suspeitas nas ultrassonografias morfológicas e confirmar antes mesmo do nascimento, com o ecocardiograma fetal. Caso não tenha sido feito, o teste do coração – obrigatório em todo bebê desde 2021 – é fundamental antes da alta da maternidade”, explicou.

Ainda segundo a especialista, quando o diagnóstico não é feito precocemente, os sintomas após o nascimento exigem atenção dos pais. “Cansaço, dificuldade para ganhar peso, a criança fica roxinha, tem desmaios, se cansa ao mamar ou correr. Nesses casos, é preciso procurar atendimento médico e realizar o ecocardiograma”, informou Josélia Mansour.

A Jornada, destacou a especialista, será multiprofissional, com participação de palestrantes de várias regiões do País. “Vamos rediscutir condutas, diagnósticos e tratamentos, e também esclarecer pontos para profissionais de fora do HC, que não lidam diretamente com a cardiopediatria. É um espaço de atualização e troca de experiências, sempre com foco na melhoria da assistência às nossas crianças”, assegurou.