Depois de 110 dias internado, vaqueiro tem alta no Hospital de Marabá
Trabalhador mora em Brejo Grande do Araguaia, Raimundo Nonato sofreu uma queda de cavalo e passou por delicada cirurgia de coluna
Foram 111 dias de resistência, cuidado e esperança. Raimundo Nonato de Carvalho, vaqueiro e morador de Brejo Grande do Araguaia, na região de Carajás, sofreu uma queda de cavalo, e precisou passar por cirurgia de coluna (artrodese), no Hospital Regional do Sudeste do Pará – Dr. Geraldo Veloso (HRSP), em Marabá.
Durante a internação, o trabalhador também recebeu tratamento especializado contra uma bactéria multirresistente, adquirida na unidade de saúde de onde havia sido encaminhado. Raimundo inclusive vai precisar realizar fisioterapia por muito tempo para recuperar todos movimentos.
"É uma alegria voltar para casa depois de tantos dias internado. Passei por momentos de dor e de incerteza, mas encontrei aqui uma equipe que me acolheu como família e nunca me deixou perder a esperança. Volto renovado, com fé e vontade de viver, valorizando ainda mais a minha família e cada detalhe da vida", contou, emocionado.
Durante todo o processo de recuperação, a esposa, Luciana Carvalho, esteve presente em cada etapa. Entre exames, sessões de fisioterapia e cuidados diários, ela acompanhou de perto a jornada do marido. "Foram dias de angústia, mas também de muita esperança. Nunca deixei de acreditar que esse momento chegaria, e hoje só tenho a agradecer a Deus e à equipe do hospital por levá-lo de volta para casa com saúde", destacou.
Raimundo esteve internado na Clínica Cirúrgica do Regional, setor que oferece suporte integral a pacientes em tratamento pós-trauma e pós-operatório. O cuidado na unidade, gerenciada pelo Instituto Social e Ambiental da Amazônia (ISSAA) em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), envolve equipes multiprofissionais que atuam de forma integrada para garantir uma recuperação segura e humanizada.
Protocolos de cuidado contínuo
Durante a internação prolongada, Raimundo foi assistido por protocolos que preservam autonomia, reduzem complicações e alimentam a esperança. Entre eles, mobilização precoce, fisioterapia diária, prevenção de infecções e plano nutricional individualizado, assegurando reabilitação rápida e qualidade de vida mesmo em longos períodos no hospital.
A enfermeira Pamela Tortola, responsável pela clínica cirúrgica, destacou o trabalho em equipe e a vitória representada pela alta: "O caso do seu Raimundo simboliza o quanto a dedicação multiprofissional e o envolvimento da família fazem diferença na recuperação. Foram dias de cuidado, de superação e de esperança, e ver ele voltando para casa com saúde é uma conquista para todos."
A profissional também ressaltou o acompanhamento psicossocial ofertado ao paciente e à família. "O trabalho dos psicólogos e assistentes sociais foi fundamental para dar suporte emocional, fortalecer os vínculos e ajudar o paciente a enfrentar os desafios da internação. Esse cuidado trouxe conforto, esperança e motivação durante todo o processo de recuperação", completou.
Uma nova etapa
Com a alta hospitalar, Raimundo seguirá o tratamento em casa, cercado pelo carinho da esposa e dos filhos. "Agora começa uma nova etapa. Vou precisar intensificar as fisioterapias e seguir os cuidados que aprendi aqui no hospital para, em breve, se Deus quiser, ter uma vida melhor. Sei que ainda há desafios, mas estou confiante de que vou superar mais essa fase", afirmou.
Estrutura
O atendimento no Hospital Regional de Marabá é 100% gratuito, realizado por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). A unidade conta com 135 leitos, sendo 97 de internação clínica e 38 de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).