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Hospital Regional da Transamazônica reforça estratégias de segurança do paciente

Entre as medidas, unidade segue rotina de treinamentos e protocolos internacionais

Por Governo do Pará (SECOM)
17/09/2025 18h23

Deisilene Santos é alérgica a medicamentos à base de dipirona e descobriu isso da pior maneira. “Eu tomei e senti uma coisa estranha, um suor muito frio, eu empolei. É muito ruim a gente precisar de um remédio e não poder tomar”, relata a dona de casa. Na ocasião, Deisilene deu entrada no Hospital Regional Público da Transamazônica (HRPT), em Altamira, sudoeste do Pará, e informou às equipes que a atenderam. Imediatamente, a jovem foi identificada com uma pulseira vermelha.

A pulseira é um dos itens de sinalização de risco, exigência do Sistema Único de Saúde (SUS), e uma das diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS). É com esse tipo de identificação que profissionais do hospital sabem quando o paciente, como no caso da Deisilene, tem alergia a algum medicamento. O dispositivo, em cores diferentes, é utilizado também para sinalizar risco de queda, isolamento, restrição de contato, e outras limitações. No Hospital Regional da Transamazônica , a medida é seguida à risca e tem objetivo inegociável: zelar pela segurança do paciente.

Roberta Silva é responsável pelo setor que monitora, exige o cumprimento e executa ajustes, quando necessário. É um processo burocrático, extremamente criterioso, mas indispensável, defende a coordenadora do Núcleo de Qualidade do HRPT. “As principais ações incluem: adesão aos seis protocolos de segurança do paciente; notificação e análise de incidentes; educação permanente e capacitações; monitoramento de indicadores; e atuação do Núcleo de Segurança do Paciente (NSP).

Maior unidade pública de saúde da região sudoeste do Pará e referência para mais de meio milhão de habitantes, a missão do Hospital Regional da Transamazônica é manter a excelência de qualidade no atendimento e, especialmente, ofertar um serviço seguro. Por isso, o hospital mantém calendário fixo e obrigatório de treinamento para todos os setores. “O NSP atua de forma ativa na elaboração de protocolos, monitoramento de riscos, capacitação de equipes e fortalecimento da cultura de segurança do paciente”, explica a coordenadora de Qualidade.

Enfermeira de formação há 20 anos, Rosivânia Barros, hoje diretora assistencial do HRPT, reforça que todos os protocolos estão ligados à alta gestão, o que permite que as demandas sejam distribuídas e aplicadas exatamente como estabelecido pelo Sistema Único de Saúde. “Para que isso ocorra, as equipes assistenciais passam por treinamentos constantes, a gente traça protocolos para no dia a dia colocar em prática, baseado nas seis metas internacionais de segurança do paciente”, ressalta.

“Desde a entrada do paciente, a gente trabalha focado na segurança, com a identificação correta, que é a meta um. Também facilitamos e melhoramos a comunicação entre os profissionais de saúde para que eles tenham todas as informações repassadas”, pontua a diretora assistencial. Rosivânia destaca, ainda, que, em casos de paciente debilitado e com tempo longo de internação, a responsabilidade é garantir que a pessoa possa se curar da patologia e que seja protegida contra infecções e sequelas. “Todos os dias, nós estamos nas áreas para garantir que as equipes coloquem em prática o que regem as determinações”, finaliza.

Metas são seguidas à risca

O Hospital Regional Público da Transamazônica (HRPT) possui selo máximo de Acreditação de Excelência. Isso significa, na prática, que a unidade preenche todos os requisitos de um centro de tratamento de média e alta complexidade, estabelecidos pelas autoridades em saúde. Para a coordenadora de Qualidade, Roberta Silva, “com o engajamento ativo das lideranças e a comunicação integrada entre as equipes, as ações são fortalecidas. Dessa forma, garantimos a manutenção e o aprimoramento”.

Para Deisilene, a jovem que citamos anteriormente, segurança do paciente era assunto distante. Mas, olhando hoje, uma pulseira nunca teve tanto valor, brinca a dona de casa, que segue em recuperação antes da alta prevista para os próximos dias. “Eu nem imaginava que isso existia, mas é muito bom, muito importante. Identificada agora todo mundo já sabe da alergia”, frisou.

Texto: Rômulo D’Castro.