Com Programa Jovem Aprendiz, Emater capacita jovens para futuro profissional
Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) promove orientações e cursos de capacitação para atividades laborais
Dezesseis adolescentes e jovens adultos, entre 15 e 20 anos, em situação de vulnerabilidade socioeconômica e com moradia na periferia da Região Metropolitana de Belém (RMB), estão conhecendo por dentro a engrenagem de um serviço público estratégico do Governo do Pará: a assistência técnica e extensão rural oficiais, conduzida há quase 60 anos pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) em todos os 144 municípios paraenses.
Lotado no escritório central do Órgão, em Marituba, o grupo faz parte do programa institucional vigente Jovem Aprendiz: durante 16 meses, vivenciam a rotina administrativa de uma estrutura geral que atualmente compreende 144 escritórios locais, em todos os municípios; 12 escritórios regionais, nos municípios-pólo, e duas unidades de treinamento e pesquisa - em Bragança, no Rio Caeté, e em Conceição do Araguaia, no sudeste.
Alguns dos participantes foram encaminhados pela parceria com a Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc) de Marituba, como desdobramento do projeto de inclusão Jovem Girassol, da prefeitura municipal.
“O objetivo é proporcionar experiências reais de aprendizado e trabalho para futuros profissionais que ainda estão escolhendo seus caminhos. O Programa também é uma ponte com a comunidade da vizinhança da matriz da Emater, aqui em Marituba: criamos diálogo sobre nossa presença, sobre nossa atuação, sobre os resultados úteis à sociedade”, explica a psicóloga Rosângela Barros, no Núcleo de Recursos Humanos (NRH), setor responsável pelo Programa Jovem-Aprendiz.
Nesta quarta-feira (10), os jovens aprendizes concluíram mais uma capacitação interna. Desta vez, um minicurso de Estatística Básica Aplicada à Realidade da Emater, ministrado pelo estatístico Wilson Peniche, do Núcleo de Estudos e Avaliação (Nea). Foram ao todo 20h de aulas presenciais, divididas em duas vezes por semana, na sala de reuniões do escritório central da Emater.
“É um curso que não exige conhecimento prévio e por meio do qual introduzimos os conceitos básicos da estatística descritiva, em linguagem acessível e contextualizada. A abordagem técnico-pedagógica é de ‘aprendizagem ativa’. Usamos exemplos reais ou elaboramos simulações, com foco em indicadores ambientais e agropecuários, e orientamos a parte prática com análises, planilhas e gráficos”, aponta o instrutor.
Paulo Mateus Cardoso, de 20 anos, morador do bairro Almir Gabriel, em Marituba, acredita que a apropriação de informações na dinâmica da Emater pode ajudá-lo a definir o curso para o qual prestará vestibular: “Ainda estou em dúvida, não tenho nada certo, mas aqui na Emater tô no setor de Contabilidade [Secon] e isso me empolga muito, porque me identifiquei de verdade, se fosse escolher hoje um curso, escolheria Ciências Contábeis”, disse.
Izabelly Souza, de 18 anos, moradora do bairro Novo, em Marituba, já cursa o segundo semestre da faculdade de Educação Física e por ora desenvolve tarefas na Assessoria Jurídica (Ajur). “Eu acho que ser jovem aprendiz do Governo do Pará aprimora meu acervo, meu repertório e minhas ideias e acrescenta bastante novidade científica, prática. Eu não tenho acesso a computador em casa e aqui estou mexendo com planilha, com dados”, relata.
Texto de Aline Miranda
