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Emater faz mutirão de cadastro de produtores de abacaxi com foco em Indicação Geográfica

Iniciativa é parte do processo para obtenção da Indicação Geográfica (IG), um selo de qualidade que agrega valor ao produto e o diferencia no mercado

Por Governo do Pará (SECOM)
09/09/2025 12h35

Desta terça (9) até quinta-feira (11), cerca de 150 famílias produtoras de abacaxi de Salvaterra, no Marajó, devem ser receber o cadastro nacional da agricultura familiar (cafs), bem como suas respectivas propriedades devem ser inscritas no cadastro ambiental rural (car). Trata-se do mutirão promovido pelo escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), em parceria com a Agência de Defesa Agropecuária (Adepará), com a prefeitura de Salvaterra e com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Pará).

Realizada na sede da Cooperativa de Agricultura Familiar do Marajó (Coopafam), na Vila de Condeixa, e com a abrangência sobre a Cooperativa Agropecuária e Pesca Artesanal de Monsarás (Coopapam) e a Cooperativa dos Agricultores Familiares de Salvaterra (Cafas), a ação de serviços para agricultores e vizinhas de Maruacá e Monsarás, é uma continuidade do processo multi-institucional para a obtenção da Indicação Geográfica (IG), na categoria Indicação de Procedência, para o abacaxi tipo “pérola” de Salvaterra. Na Monsarás, outra atividade expressiva é o extrativismo de açaí de várzea. 

IG agrega qualidade e confiabilidade para os produtos 

A Indicação Geográfica (IG) é um selo de qualidade e procedência para produtos ou serviços que têm qualidades únicas devido à sua origem geográfica, como um determinado solo, clima, ou tradições de produção de uma região.  No Brasil, o registro de IG é concedido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), e pode ter duas formas: Indicação de Procedência (IP) e Denominação de Origem (DO). 

No começo de setembro, o Governo do Pará, por meio da Emater, entregou os cafs jurídicos às três cooperativas referidas. A previsão da Emater e das demais entidades é que, oficializando-se agora todos os cooperados individuais, o requerimento ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) efetive-se ainda este ano.

A Emater destaca que a IG valoriza a tradição e o território, agrega valor ao produto e subprodutos, amplia mercados e fortalece a marca. 

“Estarmos aqui é relevante para as comunidades, porque reúne esforços das entidades envolvidas na estruturação do abacaxi: administração pública, organizações dos produtores. É mais uma etapa de organização da cadeia produtiva de um dos principais produtos da agricultura familiar da região”, aponta o chefe do escritório local da Emater em Salvaterra, Orlando Lameira, engenheiro agrônomo, especialista em georreferenciamento de Imóveis Rurais. 

O agricultor Diel Carvalho, de 44 anos, diz-se “empolgado” com a iniciativa: “No decorrer da minha vida, eu nunca tinha visto uma ação assim. Nossa, é muita mão-na-roda, facilita demais, porque a gente consegue resolver e ter informação de um bocado de coisa logo de uma vez”, detalha.

Nos cerca de cinco hectares do Sítio Projeto de Deus, na Vila de Condeixa, além do abacaxi, Carvalho planta açaí, jerimum, mandioca e melancia. 

Texto de Aline Miranda