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Pesca esportiva na Floresta de Faro garante conservação ambiental e renda à comunidade

Prática é considerada turismo sustentável de alto potencial econômico

Por Vinícius Leal (IDEFLOR-BIO)
04/09/2025 13h15

O ordenamento da temporada de pesca esportiva na Floresta Estadual (Flota) de Faro, na região oeste paraense, foi discutida em reunião entre o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), moradores da unidade de conservação e operadores de pesca esportiva na unidade de conservação.

O encontro teve como foco a melhoria da gestão da atividade, que ocorre entre os meses de agosto a dezembro. A pesca esportiva alia conservação ambiental e geração de renda para as comunidades ribeirinhas de Monte Sião e do Português.

Durante a reunião, no Centro Comunitário Integrado da Flota de Faro, foram tratados temas como os processos de autorização da pesca esportiva, a contratação de moradores tradicionais para prestação de serviços turísticos e a apresentação da ficha de avaliação dos condutores da atividade, o que permitirá identificar pontos que necessitam de qualificação. Também foram entregues camisas personalizadas para os condutores de pesca esportiva, confeccionadas pela Diretoria de Gestão e Monitoramento de Unidades de Conservação (DGMUC) do Ideflor-Bio.

Geração de Renda - O turismo de pesca esportiva, quando bem organizado, é considerado um segmento de turismo sustentável de alto potencial econômico. No Brasil, movimenta cerca de R$ 1 bilhão por ano.

Em 2024, somente na Flota de Faro, a atividade gerou mais de R$ 25 mil em taxa socioambiental destinada à Associação dos Moradores da Flota de Faro (AmoFlota). Para este ano, o Ideflor-Bio garantiu que cada piloto de pesca esportiva receba um piso de R$ 210, por diária de serviço, valor que pode ser acrescido de gorjetas que chegam a até R$ 2 mil, representando uma importante fonte de renda para as famílias locais.

Segundo Daiane Ribeiro, secretária da AmoFlota, a atividade tem efeitos positivos múltiplos para a região. “A prática da pesca esportiva promove a conservação dos nossos ecossistemas aquáticos, principalmente do tucunaré, que é o principal produto da região, além de outras espécies. Isso incentiva práticas sustentáveis no rio e também gera desenvolvimento econômico. Os turistas atraídos movimentam a economia local, trazendo renda para ribeirinhos e comunidades. Além disso, a pesca esportiva promove o turismo sustentável e experiências únicas para quem visita a Flota de Faro”, destacou.

Para os condutores locais, a padronização e a capacitação oferecidas pela parceria entre a AmoFlota e o Ideflor-Bio fortalecem a atividade. Com maior segurança, visibilidade e reconhecimento profissional, os moradores passam a ter papel central no ordenamento da temporada de pesca esportiva, garantindo que a atividade siga alinhada aos princípios da sustentabilidade.

Oportunidades - Com a temporada em andamento, a expectativa é de que a pesca esportiva na Flota de Faro continue a se consolidar como referência no Pará, unindo conservação ambiental, valorização cultural e benefícios econômicos para as comunidades que vivem na unidade de conservação.

O presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto, destacou que a pesca esportiva na Flota de Faro é uma demonstração clara de que é possível conciliar desenvolvimento econômico com conservação ambiental. “Quando promovida de forma ordenada e participativa, como estamos fazendo, essa atividade se transforma em uma importante estratégia de geração de renda para as comunidades locais, além de fortalecer a proteção da biodiversidade e valorizar o conhecimento tradicional dos moradores. O Ideflor-Bio seguirá comprometido com esse modelo de turismo sustentável, que respeita a natureza e promove a inclusão social”, frisou.

Para o técnico de planejamento e gestão em turismo do Ideflor-Bio, Deoclécio Junior, ressaltou a importância da união entre conservação e geração de oportunidades. “A pesca esportiva na Flota de Faro é um exemplo concreto de como o turismo pode ser sustentável e justo. O envolvimento dos moradores tradicionais é fundamental, pois são eles que garantem a autenticidade e a qualidade da experiência. Ao mesmo tempo, essa atividade contribui diretamente para a preservação da biodiversidade e para o fortalecimento da economia comunitária”, afirmou.