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Cametá recebe a primeira Caravana de Educação Sanitária sobre Vassoura-de-Bruxa da Mandioca

Ação conjunta, que tem a participação de mais de 50 profissionais de vários estados, repassa informações para que comunidades rurais possam ajudar a prevenir a praga

Por Rosa Cardoso (ADEPARÁ)
26/08/2025 13h54

Mais de 50 técnicos de instituições ligadas à defesa agropecuária, extensão rural, agricultura, ensino e pesquisa estão participando, durante esta semana, em Cametá, município da Região de Integração Tocantins, da I Caravana da Educação Sanitária sobre Vassoura-de-Bruxa da Mandioca.

O evento foi aberto na manhã desta terça-feira (26), no auditório do Instituto Federal do Pará (IFPA), Campus Cametá, e contou com a presença do secretário de Estado de Agricultura Familiar, Cássio Pereira; do auditor federal agropecuário do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas (DSV), do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Glauco Teixeira; da coordenadora do Programa Nacional de Educação Sanitária em Defesa Agropecuária (Proesa), Juliana do Amaral Moreira; da diretora de Defesa e Inspeção Vegetal da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará), Lucionila Pimentel; do gerente de Defesa Vegetal, Rafael Haber; da gerente de Inspeção Vegetal, Joselena Tavares; da fiscal estadual agropecuário da Gerência de Pragas Quarentenárias, Thais Leão, e de autoridades do município.

Palestras e treinamentos integram a programação do evento realizado em Cametá

Realizada em parceria pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, Superintendência Federal da Agricultura no Pará (SFA/PA) e Adepará, a ação educativa busca fortalecer as ações de educação sanitária  e capacitar os técnicos para a prevenção e o controle da praga em comunidades que dependem da cadeia da mandioca no Pará, maior produtor nacional da raiz.

“A Caravana visa sensibilizar produtores, técnicos, lideranças comunitárias, estudantes e sociedade em geral para evitar a disseminação da praga para as regiões produtoras de mandioca do Estado, além de articular esforços interinstitucionais para reforçar a vigilância fitossanitária”, explicou Andreza Tomé, auditora fiscal federal agropecuário do Mapa. 

Dinâmicas - Além do treinamento dos técnicos em temas específicos sobre a doença, haverá formação de multiplicadores nas comunidades rurais. Nas dinâmicas envolvendo produtores, educadores e agentes comunitários de saúde serão utilizadas metodologias ativas, como dramatização, roda de conversa, gamificação, dentre outros recursos, para repassar o conhecimento sobre a praga.

As atividades serão coordenadas pelo Programa Nacional de Educação Sanitária em Defesa Agropecuária, do Ministério da Agricultura e Pecuária, que integra o Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa), e visa capacitar pessoas e organizações para melhorar as condições sanitárias, por meio de ações educativas e articulação entre diferentes instituições.

Consequências - A mandioca é essencial para a economia e segurança alimentar do Pará, com uma produção anual de 4 milhões de toneladas. A chegada da praga poderia causar perdas significativas, afetando pequenos produtores e comunidades indígenas que dependem da mandioca para subsistência.

A vassoura-de-bruxa da mandioca é causada pelo fungo Ceratobasidium theobromae. A doença ganhou essa denominação por provocar nanismo e proliferação de brotos fracos e finos nos caules, parecidos com uma vassoura velha.

A praga foi identificada pela primeira vez em aldeias indígenas do Oiapoque, no Amapá, e representa uma séria ameaça à cultura da mandioca na região Norte. Desde então, medidas estratégicas foram implementadas para evitar a disseminação do fungo.

Combate - Em âmbito nacional, o Ministério da Agricultura e Pecuária criou um programa de prevenção e controle para combater a doença, e declarou estado de emergência fitossanitária com medidas como quarentena e controle do trânsito de material vegetal. 

A Adepará realiza o monitoramento constante das áreas de cultivo, e já publicou portaria proibindo o ingresso de plantas ou partes vegetais oriundas de áreas afetadas. Além disso, técnicos paraenses da defesa agropecuária foram treinados para identificar a praga e aplicar medidas fitossanitárias.

“Os fiscais agropecuários e engenheiros agrônomos da Adepará, participaram de treinamentos no Amapá, aprendendo a identificar sintomas da praga e métodos de coleta de amostras. Eles também atuam na conscientização dos produtores, compartilhando informações sobre prevenção e controle. Estamos capacitados e podemos repassar esse conhecimento para outras equipes técnicas, para que mais pessoas possam atuar na prevenção a esta doença”, ressaltou Maria Alice Thomaz, gerente de Pragas Quarentenárias da Adepará.

Parcerias - A I Caravana da Educação Sanitária sobre a Vassoura-de-Bruxa da Mandioca tem apoio da Prefeitura de Cametá, por meio da Secretaria Municipal de Agricultura, Desenvolvimento Rural e Econômico (Semadre), Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), Instituto Federal do Pará (IFPA), Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Agricultura Milênio, Pérola de Cametá e Fábrica da Vida.

Além de técnicos de várias localidades do Pará, participam representantes das Agências de Defesa Agropecuária dos estados do Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão, Bahia, Espírito Santo, Piauí, Roraima, Rondônia e São Paulo.

Serviço: I Caravana da Educação Sanitária sobre Vassoura-de-Bruxa da Mandioca. De 26 a 31 de agosto, em Cametá (PA). De 28 a 31 de agosto haverá atividades em escolas e comunidades rurais.