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Estratégia estadual de fortalecimento da bioeconomia é apresentada em evento internacional

Durante o encontro, a Semas explanou sobre a política pública, que vem reposicionando o Pará como referência na área e inclui o lançamento do Plano Estadual de Bioeconomia (PlanBio), entre outras ações

Por Jamille Leão (SEMAS)
25/08/2025 17h22

Nesta segunda-feira (25), a 21ª edição do Americas Competitiveness Exchange (ACE), uma missão internacional que reúne líderes para conhecer iniciativas de inovação, bioeconomia, desenvolvimento sustentável e perspectivas econômicas nas Américas, contou com a participação da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade (Semas), representada pela secretária adjunta de Bioeconomia, Camille Bemerguy, durante o painel “Brasil e Pará: panorama e perspectivas econômicas”.

Na ocasião, a secretária adjunta apresentou um panorama da estratégia estadual de fortalecimento da bioeconomia, destacando os avanços já conquistados e os próximos passos da política pública que vem reposicionando o Pará como referência na área.

“Para que a transformação da bioeconomia gere impactos reais e em grande escala, é necessário ter base de dados, conhecimento técnico e institucionalidade”, destacou a gestora.

O Plano Estadual de Bioeconomia (PlanBio) foi lançado em 2022 e, ao longo de 2024, foi feito um estudo com apoio do WRI Brasil e da UFPA que mapeou 13 cadeias produtivas e apontou que a bioeconomia já representava cerca de 9% do PIB do Pará. Desde que o Plano foi lançado, 400.000 pessoas já foram beneficiadas, mais de 2.300 bionegócios entraram em operação e houve um crescimento de 300% no número de startups ligadas ao setor.

Entre os próximos marcos da agenda estadual, está a inauguração do Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, em Belém. O espaço reunirá laboratórios-fábrica, centros de inovação, incubadoras de startups, assistência técnica, linhas de crédito e proteção do patrimônio genético, promovendo a integração entre negócios comunitários, universidades, empresas privadas e governos.

Camille Bemerguy destacou ainda que há diferentes bioeconomias coexistindo no Pará – a extrativa, a industrial e a tecnológica – que precisam se complementar de forma integrada. “A Amazônia não é só potencial, ela já é potência. Falta ser mais reconhecida e conhecida”, afirmou Camille.

Alinhamento nacional - O painel de abertura também contou com a participação do secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), Paulo Eduardo Maestri Bengtson, e da subsecretária de Acompanhamento Macroeconômico e de Políticas Comerciais do Ministério da Fazenda, Júlia de Medeiros Braga, que ressaltou a importância da cooperação entre União e estados na agenda de desenvolvimento sustentável.

“Foi um prazer dividir esse espaço com autoridades do Governo do Pará para discutir o panorama da economia brasileira e regional. O diálogo entre as instâncias federal e estadual é fundamental, especialmente no contexto dos investimentos ligados ao Plano de Transformação Ecológica, que abrange biodiversidade, soluções baseadas na natureza, energia e saneamento”, destacou.

A representante do Ministério da Fazenda explicou que o governo federal vem atuando em diversas iniciativas voltadas ao tema. “O Plano Estadual de Bioeconomia do Pará está totalmente alinhado com as diretrizes do governo federal. Ele vai além da extração de recursos e foca no adensamento das cadeias produtivas, buscando desenvolver uma bioeconomia com base industrial. Essa perspectiva é central também na agenda da Nova Indústria Brasil, que coloca a inovação e o valor agregado como prioridades”, completou Júlia Braga.

A programação segue em Belém até o dia 30 de agosto.