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Biblioteca itinerante do Hospital de Clínicas incentiva a leitura entre pacientes e acompanhantes

Oferecer distração e acolhimento durante o período de internação é um dos objetivos do projeto, que leva títulos da literatura brasileira, infantojuvenil, religião, autoajuda, gibis e periódicos

Por Lucila Pereira (HC)
22/08/2025 13h17

No Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (HC), em Belém, a rotina de pacientes e acompanhantes ganhou um novo estímulo com a passagem da Biblioteca Itinerante Hospitalar pelos corredores da unidade. A iniciativa leva livros e revistas até quem está em tratamento ou acompanhando familiares, oferecendo momentos de leitura, distração e acolhimento em meio ao período de internação.

O carrinho leva cultura e entretenimento aos pacientes internados e a seus acompanhantes

O projeto foi criado em 2010 e desenvolvido pela Gerência de Ensino e Pesquisa, em parceria com o setor Bibliotecário, Psicossocial, Comitê de Humanização e Voluntariado do HC,com o objetivo de oferecer momentos de lazer e bem-estar aos pacientes durante o período de internação, além de incentivar o hábito da leitura. Para isso, um carrinho circula pelos corredores levando títulos de literatura brasileira, infantojuvenil, religião, autoajuda, gibis e periódicos.

Segundo a bibliotecária Elvira Palha, a atividade busca humanizar a permanência hospitalar. “Como o Hospital é um ambiente em que os pacientes ficam em restabelecimento, muitas vezes ansiosos e estressados, a leitura ajuda a amenizar esse tempo, oferecendo entretenimento e incentivo cultural”, explicou.

Maria José Alves, que acompanha o marido, aprovou a iniciativa

Combate ao estresse - A psicóloga Patrícia Diniz destacou os ganhos emocionais e cognitivos da ação. “A biblioteca itinerante, com seu carrinho de livros e outros materiais de leitura, minimiza estresse e isolamento inerentes à hospitalização, alcançando também os acompanhantes. Além disso, a leitura, escolhida pelo próprio paciente, pode ser significativa e, ao mesmo tempo, estimular aspectos cognitivos ou proporcionar distração. Portanto, agrega bem-estar e percepção do paciente de poder desenvolver uma atividade do seu cotidiano como pessoa, não como doente”, disse Patrícia Diniz. 

A educadora social Maria de Fátima Vieira, 57 anos, acompanha o marido, Luiz Alexandre da Silva Lima, internado há 17 dias após uma cirurgia cardíaca de emergência. Para ela, a iniciativa é uma forma de tornar a espera mais leve. “Eu gosto muito de leitura, e já tenho esse hábito. Mas aqui é ainda mais importante. As pessoas ficam ansiosas pela recuperação do familiar, e a leitura ajuda a distrair, a passar o tempo e a diminuir essa preocupação. É um trabalho muito importante de vocês”, ressaltou.

Do município de Marapanim, nordeste paraense, a acompanhante Maria José Alves afirmou que a leitura ajuda a distrair. “Eu gosto muito de ler e fazer caça-palavras. Isso ajuda a abrir as ideias e não deixar a mente parada. É uma forma de ocupar o tempo e trazer mais tranquilidade”, acrescentou.

A terapeuta ocupacional Marly Maciel ressaltou que a leitura também funciona como recurso terapêutico dentro do ambiente hospitalar, especialmente para pacientes em internações prolongadas. Segundo ela, a atividade ajuda a ocupar o tempo ocioso, promove lazer e favorece a interação entre pacientes e acompanhantes.

“A leitura tira um pouco o foco da doença e das dores, proporcionando momentos de distração e bem-estar. Para nós, da Terapia Ocupacional, ela é um recurso muito valioso, que contribui para a recuperação do paciente. Participamos ativamente da biblioteca itinerante porque acreditamos que ações como essa são fundamentais para a humanização do tratamento hospitalar”, complementou.

Texto: Kelly Barros - Ascom/HC