Emater projeta mais de R$ 5 milhões de crédito rural para pecuaristas de Dom Eliseu
Recurso do Programa Nacional de Fortalecimento do Agricultura Familiar (Pronaf) será aplicado na pecuária de corte do município e em plantios de milho e soja
Até o fim do ano, o escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) em Dom Eliseu, no Rio Capim, projeta um montante de mais de R$ 5 milhões de crédito rural do Programa Nacional de Fortalecimento do Agricultura Familiar (Pronaf) para a pecuária de corte do município. Atividades como plantio de milho e soja também vêm apresentando boa situação de financiamento. Muitas das famílias beneficiadas são assentadas da reforma agrária.
Os projetos das linhas A e Mais Alimentos elaborados pela Emater de contratos individuais de até R$ 100 mil consideram a parceria com o Banco da Amazônia (Basa), com o Banco do Brasil (BB) e com o Serviço de Crédito Cooperativo (Sicred). O estimado para 2025 significa um aumento de mais de 30% em relação ao contratado em 2024.
Fórum
Os dados de performance e resultado do Governo do Pará em relação a recursos para pequenos e médios e produtores rurais do município foram destaque na programação do II Fórum Regional Financiamento da Agricultura Familiar, promovido na segunda-feira (18), no Centro Cultural João Almeida da Silva Júnior, no bairro Centro, pela Emater.
Também apoiaram como parceiros do Fóum, o fabricante de celulose Suzano, Secretaria Municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Semagri) e organizações não-governamentais (ongs) Agenda Pública, Consultative Group on International Agricultural Research (Cgiar) e Parceiros pela Amazônia (PPA).
Presente na cerimônia de abertura, o supervisor do escritório regional da Emater em São Miguel do Guamá, o engenheiro agrônomo Wildson de Moraes, falou para cerca de 100 agricultores de Dom Eliseu e de Rondon do Pará, também no Rio Capim, e Bom Jesus do Tocantins e São João do Araguaia, na região de Carajás. Os quatro municípios fazem parte do raio de ação do Programa de Desenvolvimento Territorial Rural (PDTR), da Suzano.
“O diálogo entre todos os atores sociais, inclusive parceria público-privada [ppp], quanto às fortalezas e às fraquezas da aplicação da política pública de crédito rural para a agricultura familiar são importantíssimos para que definamos diretrizes e construamos soluções, todos juntos”, aponta o chefe do escritório local da Emater em Dom Eliseu, o técnico em agropecuária Raimundo Salazar.
Salazar explica que, atualmente, a infraestrutura da Emater em Dom Eliseu, no sentido de recursos humanos com capacitação diferenciada e aparato tecnológico, é um dos diferenciais de facilitação e aceleração de intermediação para concessão de crédito: “O know-how dos nossos especialistas, por exemplo, é estratégico para lidarmos com um dos principais gargalos: a questão ambiental, de adequação das propriedades e dos sistemas produtivos. A Emater orienta a transição para práticas de sustentabilidade, emite car [cadastro ambiental rural] e apóia as competências e serviços dos órgãos ambientais”, diz.
Texto de Aline Miranda
