Feira do Livro e Multivozes promove construção de memórias afetivas entre visitantes
Expositores, autores, artistas e visitantes, em geral, relembram momentos emocionantes já vividos no evento literário

Durante a 28ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, o empreendedor Victor Rogério realizou um sonho de criança: o leitor apaixonado se tornou expositor. Há 20 anos, o livreiro conheceu, em uma excursão da escola, pela primeira vez, o evento literário e ao longo das edições seguintes, fortaleceu o amor pelo mundo literário.
“Viver a Feira com a exposição da nossa própria livraria é um sonho realizado. Nas edições anteriores, eu andava pela Feira, olhava os estandes e pensava que um dia poderia ser eu ali. E esse dia chegou. O Victor criança está muito orgulhoso de fazer parte desse evento, que envolve tanto afeto e é imprescindível para o Estado”, celebra Victor Rogério, que é sócio da Livraria Boiúna, recém-inaugurada em Belém.
Ao participar de cada edição da Feira do Livro e das Multivozes, promovida pelo Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), os visitantes ressaltam o resgate de memórias afetivas construídas ao longo dos períodos de funcionamento.

A jornalista e escritora Iaci Gomes, participante frequente das edições da Feira, neste ano, foi uma das convidadas para conceder autógrafos no espaço Ponto do Autor, com o livro ‘Visagentas’. Os livros fazem parte da vida e da formação da autora.
“Frequento a Feira há mais de 15 anos e nesse período construí memórias maravilhosas, de compras, passeios e encontros. Fiquei muito emocionada com o Ponto do Autor e refletindo que agora além de leitora, as pessoas também me leem. E alguns até me reconhecem! Se a feira era especial, agora então nem se fala. São novas e incríveis memórias que adiciono ao álbum que a Feira do Livro tem na minha história”, comemora.
O artista paraense Matheus Souza cresceu frequentando o espaço, já foi ilustrador da identidade visual de uma das edições e participou do espaço Beco do Artista da Feira. Livros de fantasia, mistério e aventura provocaram o interesse do artista, durante a adolescência, no mundo literário.
“Sigo até hoje no que virou não só hobby, mas, como eu sou ilustrador, faço parte da produção de alguns livros. Eu já ilustrei dois livros. E eu sempre estou ou comprando ou pesquisando sobre literatura para entender não só mais sobre as novas histórias, mas também como eu posso produzi-las. A Feira é mágica, seja quando somos crianças e participamos das visitas escolares, como ilustrador ou como artista valorizado. É um espaço único”, comentou.

A professora Marussa Camargo conta que a construção da relação com os livros e com a Feira incentivaram, inclusive, a escolha da profissão. Desde jovem, ama a aproximação com os livros, o universo literário e, atualmente, participa do clube de leitura ‘Café com letras’, de Parauapebas.
“Um dos momentos mais marcantes para mim foi quando fui, pela primeira vez, na Feira do Livro com a minha filha. Ela ficou muito curiosa, fez maquiagem no rosto, ficou interessada pelos livros, foi uma sensação muito boa. O livro físico não sai de moda e precisamos incentivar o interesse, sobretudo, de crianças e adolescentes”, finaliza.
Serviço – A 28ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes ocorre desde sábado (16) até a próxima sexta-feira (22), das 9h às 22h, com entrada até às 21h, no Hangar Convenções e Feiras, em Belém.