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Fonoaudiologia e Fisioterapia garantem reabilitação humanizada no HRPT

Hospital Regional da Transamazônica promove recuperação de recém-nascidos a idosos com ações integradas de saúde

Por Governo do Pará (SECOM)
19/08/2025 19h29

No Hospital Regional Público da Transamazônica (HRPT), em Altamira, sudoeste do Pará, o cuidado vai além do tratamento clínico. Por meio da atuação integrada das equipes de Fonoaudiologia e Fisioterapia, pacientes de todas as idades — desde recém-nascidos prematuros até idosos em recuperação de internações complexas — recebem assistência especializada que contribui diretamente para sua reabilitação funcional e qualidade de vida.

A unidade, que integra a rede estadual de saúde e é gerenciada pelo Instituto Acqua em parceria com o Governo do Pará, realiza cerca de 4.800 atendimentos mensais nas duas especialidades, com destaque para os quase 600 procedimentos nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). A atuação é essencial para evitar sequelas motoras, respiratórias e de comunicação, além de promover o retorno seguro dos pacientes às atividades do dia a dia.

Recuperação com dignidade e acolhimento

Um dos exemplos da eficácia do trabalho multiprofissional é o da aposentada Rita Costa, de 82 anos. Após um período em ventilação mecânica e sedação, a paciente passou por uma traqueostomia e perdeu, temporariamente, a capacidade de se alimentar por via oral. Com o suporte das equipes de Fonoaudiologia e Fisioterapia do HRPT, ela conseguiu retomar funções básicas, como mastigação e deglutição.

“O trabalho é fazer com que o paciente recupere força muscular e mobilidade para realizar funções como se alimentar. Isso é indispensável, da criança ao idoso”, explica Aléxia Sousa, fonoaudióloga da unidade.

Cuidado especializado desde o nascimento

A atenção aos bebês também é prioridade. Israel, com apenas 14 dias de vida, recebe acompanhamento desde o nascimento. A fonoaudióloga Liscia Moraes, da UTI Neonatal, realiza exercícios específicos de motricidade orofacial para estimular a musculatura da cabeça e do pescoço, com foco na amamentação. “Com as mãos, simulamos a sucção para que o bebê consiga sugar o leite com eficiência ao ser alimentado pela mãe”, detalha.

Amanda Fernandes Marques, mãe do pequeno Israel, relata os avanços do filho com gratidão. “O tratamento é muito bom, são todos atenciosos. Meu filho foi bem cuidado e melhorou rápido”, afirmou.

Outro caso acompanhado é o da bebê Yasmin, internada há duas semanas na UTI Neonatal e diagnosticada com fissura labiopalatina — condição que afeta um em cada 650 recém-nascidos no Brasil. Com o suporte das equipes de reabilitação, a menina apresenta boa evolução clínica. “Ela está sendo bem atendida e já melhorou bastante. Estamos ansiosos para voltar para casa”, declarou Kaila Bento dos Santos, mãe da criança.

Equipe dedicada e foco na excelência

Ao todo, o núcleo de Fisioterapia e Fonoaudiologia do HRPT conta com 16 profissionais, atuando diariamente em diversos setores da unidade. Para o fisioterapeuta Vinícius Santos, a atuação integrada é fundamental. “Temos um olhar clínico voltado para a reabilitação e manutenção da saúde, tanto do sistema respiratório quanto da parte motora”, pontua.

Coordenador do núcleo, Alex Bernardo ressalta a importância da continuidade do atendimento para garantir resultados positivos. “Devolver qualidade de vida aos pacientes é o nosso maior objetivo. Cada avanço representa uma conquista. É um trabalho de incentivo, contato humano e acolhimento”, afirma.

Referência regional em saúde

Inaugurado em 2006, o Hospital Regional Público da Transamazônica é a maior unidade de saúde da região e atende aproximadamente 500 mil pessoas em Altamira e outros oito municípios da região. Com mais de 20 especialidades e 97 leitos, a unidade é referência nacional em UTIs Neonatal e Pediátrica, e possui o selo “Acreditação de Excelência – Nível 3”, o mais alto concedido a hospitais de abrangência regional.

Além da assistência direta, o HRPT mantém um cronograma permanente de capacitação de suas equipes, com workshops, palestras e treinamentos. Uma das estratégias recentes é o alinhamento entre as áreas médica, de enfermagem, multiprofissional e administrativa, fortalecendo a integração dos serviços prestados.

Texto: Rômulo D’Castro