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Hospital Abelardo Santos incentiva economia solidária com Feira do Artesanato

Na oportunidade, são oferecidas oficinas para mães de crianças em tratamento no HRAS como incentivo à geração de renda extra para a comunidade

Por Diego Monteiro (HRAS)
12/08/2025 16h12
Espaço se torna uma vitrine para artesanato e presentes criativos, com preços simbólicos

O Hospital Regional Dr. Abelardo Santos (HRAS), em Icoaraci, distrito de Belém, realiza até a próxima sexta-feira (15) a tradicional Feira de Artesanato no calçadão da unidade. A programação estimula o empreendedorismo local ao reunir artesãs da região para expor peças manuais, como artigos de decoração, bordados, crochês, pulseiras e outros objetos, além de oferecer oficinas para mães de crianças em tratamento no local.

Darlene comercializa bonecas de pano, mesmo produto ensinado às mães na unidade

A artesã Darlene Campos, 48 anos, destacou a relevância da feira para ampliar a visibilidade do trabalho. “Vendo bonecas de pano. Muitas vezes, nós ficamos restritos aos nossos grupos de amigos ou familiares. Mas aqui no ‘Abelardo Santos’ é diferente… diariamente passam centenas de pessoas que podem conhecer nossas criações, adquirir a preços interessantes e nos apoiar”, enfatizou.

Durante as oficinas, Vânia Aviz ensina mulheres a produzir laços e gerar renda

Além dela, outras 15 mulheres se reúnem pelo menos uma vez por mês no hospital para expor mercadorias de diferentes segmentos. “Um dos principais pontos do nosso trabalho é a valorização das nossas habilidades; o retorno financeiro vem em terceiro lugar. Isso porque, além da renda, buscamos também oferecer ações solidárias às pacientes do hospital”, afirmou a artesã Vânia Aviz, 60 anos.

Canto Criativo - A declaração da artesã Vânia lembra que, dentro da programação, também ocorre o projeto Canto Criativo, que promove oficinas para mães que acompanham seus filhos em tratamento na instituição. A proposta é justamente envolver as artesãs para que elas ministrem uma espécie de capacitação, ensinando novas habilidades, desde a confecção de produtos artesanais até cuidados estéticos.

Nesta semana, o foco foi na estética e na beleza. A autônoma Ester Brito Cavalcante, 19 anos, mãe da recém-nascida Ester Brito Cavalcante, internada no hospital, participou da atividade. “Aprendi a fazer uma limpeza de pele e a identificar qual produto é mais seguro para cada tipo de pele. Gostei bastante e, além de aplicar a técnica em mim mesma, penso em aprender mais sobre as técnicas e aplicar”.

Laura Nataly parabenizou a oficina e afirmou que o momento ajuda a distrair os usuários durante o período de internação

A colombiana Laura Nataly Mendez Medina, 27 anos, prestou atenção em cada orientação. “Foram dicas interessantes. Claro que a oficina despertou o desejo de buscar mais conhecimento por fora. Aprendemos muito, mas podemos nos aperfeiçoar ainda mais, procurar um centro profissionalizante e ampliar nossos conhecimentos”, disse, mãe do pequeno Marlon David, de apenas 21 dias de vida.

Humanização - Segundo o auxiliar administrativo Leonardo Silva, membro do Comitê de Humanização (CH) do HRAS, esse momento, além de fomentar o empreendedorismo, é uma oportunidade de troca de saberes. “As artesãs ganham o espaço e nossas pacientes recebem conhecimento. É uma maneira de valorizar os produtos delas, mas também de proporcionar momentos de descontração para nossas usuárias”, destacou.

Este é apenas um dos exemplos da atuação humanizada na maior unidade pública do Governo do Pará. O Hospital Regional Abelardo Santos, pela primeira vez, em 2024, ultrapassou 1 milhão de atendimentos. Diante desse volume, a instituição promoveu mais de 120 iniciativas de humanização, beneficiando milhares de pacientes e seus familiares, além de colaboradores e comunidades próximas.

“Falamos de ações que exigem planejamento e dedicação? Sim! Mas é importante destacar que gestos simples também fazem diferença, como um sorriso, um olhar atento e um tempo dedicado a ouvir ou até mesmo para esclarecer dúvidas. Pequenas atitudes transformam a experiência de qualquer pessoa, tornando a internação menos traumática e mais positiva para todos”, concluiu Leonardo Silva.