Hospital de Clínicas alerta sobre os riscos do colesterol alto e reforça importância da prevenção
Excesso de colesterol “ruim” pode se acumular nas artérias, formando placas que dificultam a passagem do sangue e aumentam o risco de eventos cardiovasculares graves

O colesterol alto é uma das principais causas de infarto e acidente vascular cerebral (AVC), doenças que continuam liderando o ranking de mortes no Brasil. No Pará, a situação segue a mesma tendência nacional, e o alerta se intensifica diante da falta de sintomas em grande parte dos casos. Neste contexto, o Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (HC), em Belém, referência em cardiologia na Amazônia, reforça a importância do diagnóstico precoce e da adoção de hábitos saudáveis como forma de prevenção.
De acordo com o médico cardiologista Antônio Monteiro, o colesterol é uma gordura natural do organismo, necessária para funções como a produção de hormônios e a formação das células. No entanto, o excesso de colesterol “ruim” pode se acumular nas artérias, formando placas que dificultam a passagem do sangue e aumentam o risco de eventos cardiovasculares graves.

“Chamamos o colesterol de ‘inimigo silencioso’ porque, na maioria das vezes, ele não apresenta sintomas. A pessoa só descobre quando realiza exames de rotina ou quando já há uma complicação, como infarto ou AVC”, explica o especialista.
Um dos tipos e controle pode ser através de exames laboratoriais, que analisam o perfil lipídico do paciente, composto principalmente por três indicadores: LDL (colesterol ruim), que deve ser mantido em níveis baixos; HDL (colesterol bom), cuja função é remover o excesso de gordura do sangue; e triglicerídeos, outra gordura que, se elevada, também aumenta o risco cardiovascular.
Antônio Monteiro alerta que o estilo de vida inadequado é um dos principais fatores para o descontrole do colesterol. “Dieta rica em frituras, embutidos e alimentos industrializados, sedentarismo, tabagismo e consumo de álcool são hábitos que favorecem o aumento do colesterol. Além disso, o histórico familiar é um indicativo importante: pessoas com parentes que já tiveram colesterol alto ou infarto precoce devem manter o cuidado redobrado”, afirma.
Diagnóstico e prevenção — Na maioria dos casos, o colesterol alto é assintomático e só pode ser detectado por meio do exame de sangue. “Em situações mais raras, quando o colesterol está muito alto desde a infância, podem surgir manchas amareladas nas pálpebras ou nódulos de gordura na pele, mas é incomum”, acrescenta.
O médico cardiologista ainda alerta para a frequência dos exames varia de acordo com o perfil do paciente: “Adultos saudáveis devem realizar o exame a cada cinco anos. Pacientes com fatores de risco, uma vez ao ano ou conforme orientação médica. Já crianças com histórico familiar de doenças cardiovasculares, ainda na infância, se indicado”, explica.
Monteiro reforça que a alimentação equilibrada, a atividade física regular e a interrupção de hábitos nocivos, como o tabagismo, são fundamentais para manter o colesterol sob controle. “Mudanças simples no cotidiano fazem muita diferença. Além de melhorar os índices, elas ajudam a proteger o coração e a saúde como um todo”, pontua.
Alerta à população — Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 40% da população brasileira tem colesterol alto, e muitos desconhecem o problema. No Pará, assim como em outras regiões, as doenças cardiovasculares seguem como a principal causa de óbitos.
“Não espere sentir dor no peito para cuidar do seu coração. O colesterol alto é silencioso, mas suas consequências podem ser sérias. Procure seu médico, faça seus exames e mantenha hábitos saudáveis. Prevenir é sempre o melhor caminho”, orienta Dr. Antônio Monteiro.
Assistência especializada — O Hospital de Clínicas Gaspar Vianna realiza o atendimento de pacientes com doenças cardiovasculares e atua também na prevenção, com consultas, exames especializados e programas de acompanhamento. “O HC é referência em cardiologia e presta assistência a pacientes de todo o Estado. Boa parte dos atendimentos de urgência em casos de infarto ou angina envolvem pacientes que já apresentavam colesterol descontrolado, muitas vezes sem saber”, informa o cardiologista.