Seel prepara Mangueirão para jogo decisivo da Copa do Brasil
A Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel) está preparando Estádio Olímpico do Pará – Mangueirão, para receber o jogo do Paysandu e Fluminense marcado para o dia 26, às 19h30, pela Copa do Brasil. Na manhã da última sexta-feira, 21, a secretária Renilce Nicodemos visitou o estádio e vistoriou os serviços no gramado, vestiários, sala de bate-bola e áreas externas. O objetivo da Seel é deixar o Mangueirão em plena condição para receber os torcedores, imprensa, dirigentes e jogadores.
Há meses o Mangueirão vem recebendo melhorias. A parte elétrica foi ampliada e a pintura foi renovada. A limpeza nas cadeiras, vestiários, banheiros e demais setores é constante. No gramado especificamente, os trabalhos começaram no começo da semana. Nesta sexta-feira, o tratamento foi à base de ureia para acentuar o verde do gramado. A equipe comandada pelo engenheiro agrônomo Raimundo Mesquita ainda vai retirar algumas falhas e fazer a adubação.
Na próxima segunda-feira, 24, será feito o corte da grama, a limpeza das traves e a demarcação do gramado com uso de tinta branca à base de água. “Temos uma rotina de trabalho e vamos deixar o Mangueirão em condições ideais para receber o jogo”, disse Mesquita, que trabalha no estádio e diz ser um privilégio poder tomar conta do espaço.
Ainda sobre o Mangueirão, a secretária Renilce Nicodemos disse que a partir de janeiro de 2016, as obras de manutenção e conservação serão intensificadas. Ela adiantou, durante a visita, que o governo do Estado, por meio da Seel, está articulando a realização de grandes partidas envolvendo os clubes da primeira divisão. “Queremos também promover um jogo da Seleção Brasileira, mas isso ainda está sendo analisado”, adiantou a titular da Seel.
Versátil – O Mangueirão é um dos maiores estádios do Brasil. Sua maior referência é a versatilidade, segundo o arquiteto Alcyr Meira, autor do projeto que transformou o Mangueirão em Estádio Olímpico a partir de 1º de Maio de 2002. “O fato de o estádio possuir a pista olímpica, as caixas de salto e as zonas para salto com vara o torna mais versátil e capaz de abrigar o jogo de futebol e as provas de atletismo”, disse o arquiteto, na manhã desta sexta-feira, 21.
O estádio também é considerado um dos mais modernos do Brasil e suas linhas arquitetônicas facilitam às adequações, caso os dirigentes internacionais possam solicitar. Para ser sede da Copa do Mundo do Brasil, o Pará providenciou um projeto prevendo as reformas, mas que não foi concluído porque o Estado ficou de fora da rota dos jogos.
Para Alcyr Meira esse fato não invalida o estudo. A hora que o governo do Estado decidir pela ampliação ou reforma do Mangueirão, o projeto poderá ser aplicado. “Temos um estádio olímpico belíssimo, ideal para a prática do futebol e do atletismo”, destacou o arquiteto.
Vida – A história do Mangueirão pode ser contada por décadas e com o crescimento do futebol no Brasil. Segundo Ferreira da Costa, jornalista e historiador, o sonho em ter em estádio em Belém veio com a vitória do Brasil na Copa do Mundo do México na década de 70. “Foi uma explosão de construção de estádios em todo o Brasil. No Pará não poderia ser diferente e nascia ai o projeto de construção do Mangueirão”, conta o historiador.
Inaugurado e reinaugurado várias vezes o Mangueirão já foi “bandola”, já teve cores e desenhos marajoaras nas antigas arquibancadas. Na fase antiga seu maior público, segundo Ferreira da Costa, foi de 64.010 torcedores no jogo entre Paysandu 1 e Remo 1, no dia 29 de abril de 1979. Na era como Estádio Olímpico, o jogo Paysandu e Boca Juniors, pela Copa Libertadores, com 57 mil torcedores, é considerado o maior público.
Para este jogo do Paysandu e Fluminense a expectativa é para um público acima de 25 mil. A Seel está organizando o estádio e tomando providências para que a partida transcorra no clima de paz e segurança.