Projeto do Hospital da Transamazônica qualifica a rotina de acompanhantes
Ações envolvem momentos de relaxamento e apoio para mães de bebês da UTI

Trinta minutos de exercícios, interação e gargalhadas. Em meia hora, e as mães estão prontas para voltar para o leito onde seus bebês se recuperam no berçário e UTI Neonatal do Hospital Regional Público da Transamazônica (HRPT), em Altamira, região sudoeste do Pará. Esse é o projeto “Cuidar de si para continuar: corpo, mente e sentimentos em movimento”.
A iniciativa, que envolve colaboradores da Psicologia e da Assistência Social, foi implementada como forma de proporcionar relaxamento às mães que, em geral, ficam no hospital até que os filhos estejam aptos para ir para casa. Algumas acabaram de dar à luz, outras estão no hospital há mais tempo, como a Raissa de Sousa Rodrigues.

A filha de Raissa Rodrigues nasceu com prematuridade extrema e, desde junho, conta com a habilidade das equipes médica, de Enfermagem e multiprofissional, além da força da mãe como companhias na luta pela vida.
Para Raissa, o projeto do Hospital da Transamazônica contribui para que ela se mantenha firme e confiante depois de ter a rotina totalmente alterada para ficar ao lado da filha 24 horas. “É bom para descontrair o corpo e a minha mente, diminui os pensamentos negativos em relação a hospitalização da minha bebê”, reflete a jovem.

Luana Abreu, também mãe de bebê prematuro, é de Santarém, mas está no HRPT há mais de um mês. Mãe e filha deram entrada na unidade da Transamazônica logo depois do parto. Luana conta que “todas as mãezinhas que estão de acompanhante, incluindo eu, são acompanhadas com psicóloga todos os dias. A psicóloga ajuda na prática de atividades diárias”.
A psicóloga a que a mãe se refere é Anna Karolynna de Lima Braga. “Como psicóloga contribuo com a realização de acompanhamento contínuo com as genitoras por meio de escuta qualificada, acolhimento emocional e ações terapêuticas, com o objetivo de uma estadia mais humanizada e fortalecida durante o período de internação”, detalha Anna que, há um ano e meio tem como uma das missões minimizar os impactos de mudanças bruscas na rotina das mães de recém-nascidos.

Quem também conhece e vivencia a realidade diária dessas mães é a assistente social Maria Suely Silva. “A finalidade da atividade é garantir efetivação dos direitos sociais e promover acolhimento, escuta qualificada e expressão emocional”, explica. Maria destaca ainda que o projeto de relaxamento e interação entre as mães “fortalece vínculos e contribui para o cuidado integral no ambiente hospitalar”.
Atualmente, o Hospital Regional da Transamazônica acompanha 14 bebês prematuros. A unidade, referência na região, é reconhecida nacionalmente pela estrutura e qualidade das UTIs que acolhem pacientes recém-nascidos. “Só tenho a agradecer a Deus, e aos profissionais do hospital regional de Altamira”, deseja Luana, que não vê a hora de poder carregar a filha no colo e voltar para casa com segurança e a bebê saudável.
Texto de Rômulo D’Castro