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Hospital Regional do Sudeste alerta para prevenção das hepatites virais com palestra educativa  

Ação do Projeto Saúde em Foco reforça importância do diagnóstico precoce e do cuidado diário para evitar complicações graves, como cirrose e câncer de fígado

Por Ascom (Governo do Pará)
28/07/2025 16h15

Em alusão ao Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais, celebrado nesta segunda-feira (28), e às ações do Julho Amarelo, campanha dedicada à conscientização e prevenção dessas doenças, o Hospital Regional do Sudeste do Pará – Dr. Geraldo Veloso (HRSP), em Marabá, realizou palestra educativa sobre prevenção, diagnóstico e tratamento das hepatites. A iniciativa foi voltada a pacientes e acompanhantes que aguardavam atendimento na unidade.

A ação integra o Projeto "Saúde em Foco", desenvolvido pelo Setor de Humanização, que busca transformar o tempo de espera em um momento de acolhimento e informação. A proposta é humanizar o atendimento e conscientizar sobre temas essenciais para a promoção da saúde e prevenção de doenças.

Enquanto aguardava consulta com o otorrinolaringologista, Ana Silva, 43 anos, moradora do município de Bom Jesus do Tocantins, disse ter aprendido informações importantes. "Eu nem sabia que as hepatites virais eram relacionadas ao fígado. Agora que entendi, vou ter mais cuidado e repassar essas informações para minha família e amigos", contou.

Informações - Durante a palestra, os participantes foram orientados sobre os principais tipos de hepatites virais  A, B, C, D e E, formas de transmissão e prevenção. No Brasil, as mais comuns são A, B e C: a primeira é adquirida, geralmente, pelo consumo de água ou alimentos contaminados, enquanto as hepatites B e C são transmitidas pelo contato com sangue ou em relações sexuais desprotegidas.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 304 milhões de pessoas vivem com quadro crônico de hepatite B ou C. Todos os anos, são registrados 2,2 milhões de novos casos e, aproximadamente, 1,3 milhão de mortes decorrentes de complicações, como cirrose e câncer de fígado. As hepatites virais estão entre as principais causas infecciosas de morte no planeta, ao lado da tuberculose, o que reforça a importância da prevenção e do diagnóstico precoce.

A palestra integra o Projeto 'Saúde em Foco'

Conscientização e prevenção - A palestra foi conduzida por Leandra Alves, enfermeira responsável pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do HRPS. Ela destacou que a conscientização da população é uma das principais estratégias para reduzir novos casos. "A hepatite viral pode ser silenciosa e, por isso, muitas pessoas só descobrem a doença em estágio avançado. A informação é nossa maior aliada para prevenir complicações graves", explicou.

A profissional reforçou cuidados essenciais, como manter a vacinação em dia, usar preservativos nas relações sexuais, não compartilhar objetos cortantes ou perfurantes, lâminas de barbear e alicates de unha, e garantir a higiene adequada da água e dos alimentos. "São atitudes simples, mas que protegem não só quem adota esses cuidados, como também sua família e a comunidade", acrescentou.

Leandra Alves, que atua na unidade - sob gestão do Instituto de Saúde Social e Ambiental da Amazônia (ISSAA) e da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) -, orientou sobre os sintomas mais comuns da doença, que incluem cansaço excessivo, febre, dor abdominal, urina escura, pele ou olhos amarelados e náuseas. "Em caso de suspeita, procurar Unidade Básica de Saúde mais próxima", disse a enfermeira.

O tratamento varia conforme o tipo de hepatite e definição da condição, se aguda ou crônica: a hepatite A costuma ter recuperação espontânea, enquanto os tipos B e C exigem acompanhamento e, em alguns casos, medicamentos antivirais. "Quando o diagnóstico é feito cedo, conseguimos iniciar o tratamento no momento certo e evitar complicações graves, como cirrose e câncer de fígado", concluiu a profissional.

Serviço: O atendimento no Hospital Regional Público do Sudeste é 100% gratuito, realizado por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). A unidade conta com 135 leitos, sendo 97 de internação clínica e 38 de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).