Fapespa participa da Reunião Anual da SBPC, evento que discute política de ciência, tecnologia e inovação no Brasil

“Progresso é ciência em todos os territórios” é o tema da 77ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), da qual participa a Fundação Amazônia de Apoio a Estudos e Pesquisas do Pará (Fapespa), que está sendo realizada em Recife/PE, entre os dias 13 e 19 de julho de 2025, na Universidade Federal Rural do Pernambuco (UFRPE). O encontro aproxima projetos de ciência, tecnologia e criatividade com soluções práticas para o dia a dia e arranjos lúdicos para a disseminação de conhecimento sobre ciência.
A Fapespa, que neste mês de agosto completa 18 anos de criação, participa do evento inserida em dois grandes momentos. Um deles, com a presença de seus pesquisadores-bolsistas, fomentados em seus projetos, e que fizeram as inscrições individualmente para apresentar seus trabalhos. De outro modo, enquanto instituição, a Fapespa participa de relevantes reuniões sobre discussões da Política de Ciências Tecnologia e Inovação do Brasil, representada pelo seu diretor-presidente, Marcel do Nascimento Botelho, que também está na 77ª SBPC como vice-presidente do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (CONFAP).
A expectativa dos organizadores é que a reunião esteja movimentando cerca de 20 mil pessoas pelos espaços temáticos, até o sábado, 19, quando será encerrada a programação que inclui mais de 200 atividades gratuitas, a exemplo de conferências, mesas-redondas, painéis, minicursos, sessões de pôsteres, oficinas educativas e exposições científicas interativas.

Fazem parte dos espaços temáticos do evento, a SBPC Criança, com foco na iniciação científica para crianças de 1 a 6 anos; a SBPC Jovem, com oficinas, arena de robótica, planetário, feira de ciências e até lançamentos diários de foguetes; a SBPC Mulher, arena de debate sobre ciência, gênero, raça e desigualdades sociais; a SBPC Cultural, com apresentações artísticas e gastronomia e a SBPC Afro-Indígena, que reúne lideranças quilombolas, indígenas, de terreiros e pescadores artesanais.
CONFAP na SBPC
Segundo Marcel Botelho, o CONFAP participa da SBPC com uma proposta muito clara, de sinergismo, nas discussões no evento, por entender que é necessário que todos os biomas brasileiros sejam tratados de uma maneira respeitosa, e que a ciência seja valorizada em cada um desses espaços para um desenvolvimento, realmente sustentável, na sua socioeconomia, sociobiodiversidade, respeitando as necessidades de produção, mas também respeitando as necessidades de conservação desses ecossistemas.

“Mas para isso é necessário ter sinergias entre as agências tanto estaduais, federais de ciência e tecnologia para que os editais lançados por essas agências a exemplo do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), observem as assimetrias regionais e façam o financiamento justo”, alerta Botelho.
E adverte que “não existe justiça climática sem o financiamento justo e equitativo entre as regiões brasileiras. Em síntese, é isso que o CONFAP trouxe para a SBPC, como sua grande bandeira de defesa da ciência parte do sinergismo, da equidade e do financiamento para ciência e tecnologia do país".
Amazônia e Bioeconomia
Em relação ao bioma amazônico, Marcel Botelho entende que a região representa um desafio científico-tecnológico muito grande na promoção do seu desenvolvimento socioambiental. Para Botelho a bioeconomia não será feita sem uma evolução científica para conhecermos melhores recursos naturais aprimorarmos os processos de produção e garantirmos o equilíbrio entre a produção e a conservação por meio de uma agricultura sustentável, do uso recursos naturais e valorização do conhecimento tradicional.
“Então é isso que a ciência do Norte significa nessa SBPC ao trazer as nossas visões, perspectivas para que a Amazônia não só tenha voz, mas acento na tomada de decisão daquilo que é o seu futuro. E no estado Pará a Fapespa representa esse braço do governo que fomenta projetos de pesquisa, desenvolvimento tecnológico, inovação e empreendedorismo para um desenvolvimento sustentável”, reforça Marcel Botelho.