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Para fortalecer políticas públicas, Fapespa investe no estudo de indicadores populacionais

A Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas destaca o fator populacional paraense em mais de oito produtos lançados

Por Ascom (Governo do Pará)
11/07/2025 14h15

A Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), órgão do Governo do Pará, reúne em seus produtos indicadores relacionados à população paraense, que atualmente é a maior da região Norte, com o Pará ocupando a 9ª posição em tamanho populacional entre os estados brasileiros.

Apenas pela Coordenadoria de Estatística e Disseminação da Informação (Cedi), vinculada à Diretoria de Estatística e Tecnologia da Gestão da Informação (DETGI), anualmente a Fapespa lança cinco produtos sobre indicadores populacionais: Anuário Estatístico do Pará; Radar de Indicadores das RI; Pará em Números; Pará no Contexto Nacional e Estatísticas Municipais. Os dados também estão presentes em produtos como o Relatório do PIB Estadual, Mapa de Exclusão Social, Perfil da Juventude e vários boletins.

Belém, a capital paraense, é o município mais populoso

Segundo Atyliana Dias, diretora de Estatística e Tecnologia da Gestão da Informação, esses estudos são essenciais para o cumprimento da missão da Fapespa. “Eles promovem o desenvolvimento regional com base em dados feitos por cientistas, por estatísticos, economistas e por nossos técnicos. Seu uso contínuo fortalece a capacidade do Estado em planejar, executar e monitorar políticas públicas eficazes e sustentáveis”, informa.

Eficácia - O analista de Gestão Pública da DETGI, Raymundo Nonnato Júnior, também destaca que conhecer a dinâmica da população é fundamental para a elaboração de políticas públicas mais eficazes. “Uma região que não compreende sua população não consegue identificar quais são as necessidades mais básicas em jogo, como acesso à saúde, educação de qualidade e infraestrutura adequada. Portanto, entender o tamanho e a composição demográfica (faixa etária, sexo, raça/cor etc.) é essencial para identificar os problemas que precisam ser resolvidos, criando cenários futuros mais favoráveis aos cidadãos”, reiterou.

Ainda de acordo com o analista, um exemplo é a questão da previdência social, que demanda um conhecimento específico sobre a composição da população para garantir proteção social, incluindo a oferta de benefícios em situações como aposentadoria, invalidez, pensão por morte e auxílio-doença. “Se não se conhece os indicadores de mortalidade, fecundidade e migração, como garantir os direitos e deveres dos cidadãos?”, diz Raymundo Júnior.

Outros indicadores fundamentais para a gestão de uma sociedade organizada, que busca o bem-estar coletivo, segundo o analista, são médicos por habitante, leitos disponíveis, nascimentos, óbitos e migração populacional (saídas e entradas de pessoas da região). “Todos esses dados têm um papel crucial na formulação de estratégias que atendam, efetivamente, às necessidades da população”, afirma.

Indicadores no Pará - Segundo estimativas calculadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2024 o Pará possuía mais de 8 milhões de habitantes, sendo que mais da metade da população paraense está na faixa de 20 a 49 anos.

A Região de Integração mais populosa é a Guajará, com cinco municípios e aproximadamente 2,2 milhões de residentes, seguida pelas regiões do Tocantins e do Baixo Amazonas, com 866 mil e 840 mil habitantes, respectivamente. Dentre os 144 municípios do Estado, Belém é o mais populoso, com cerca de 1,4 milhão de habitantes, seguido por Ananindeua, com pouco mais de 507 mil habitantes, e Santarém, com cerca de 357 mil.

Outro indicador relacionado à população é o índice de envelhecimento, que acompanha a evolução etária da população. O número de idosos em relação à população jovem tem crescido em muitos países, assim como no Brasil, e consequentemente no Pará. “Esta tendência é um reflexo direto da redução dos níveis de fecundidade, somada ao aumento da longevidade dos indivíduos que compõem a terceira idade”, explica Raymundo Júnior.

Apesar disso, a razão de dependência da população paraense, que mede a participação relativa do contingente populacional potencialmente inativo (jovens e idosos) em relação à parcela da população potencialmente produtiva (indivíduos de 15 a 64 anos), vem diminuindo ao longo dos anos, registrando, em 2024, aproximadamente 45 dependentes para cada 100 indivíduos em idade produtiva.

Texto: Beatriz Rodrigues, estagiária, sob a supervisão de Manuela Oliveira - Ascom/Fapespa