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Sinalização reforçada protege área de desova de tartarugas na Praia do Atalaia, em Salinópolis

A área, conhecida como Ponta da Sofia, é o principal ponto de desova no município, o que motivou o bloqueio de 3 quilômetros da faixa de areia

Por Vinícius Leal (IDEFLOR-BIO)
10/07/2025 13h21

Com o objetivo de proteger as tartarugas marinhas durante a temporada de reprodução, o Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) está reforçando a sinalização da área interditada ao tráfego de veículos motorizados na Praia do Atalaia, em Salinópolis, nordeste paraense. A área, conhecida como Ponta da Sofia, é o principal ponto de desova da espécie no município, o que motivou o bloqueio de 3 quilômetros da faixa de areia, a partir do terceiro atalho de acesso ao balneário.

A interdição se prolonga por 3 km da faixa de areia

A interdição atende à recomendação do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA), acatada pelo Tribunal de Justiça do Estado (TJPA), com o objetivo de garantir a plena reprodução das tartarugas marinhas, especialmente em um dos períodos mais sensíveis do ciclo reprodutivo. Como gestor da Unidade de Conservação (UC) estadual adjacente, o Monumento Natural do Atalaia, o Ideflor-Bio tem atuado diretamente para garantir o cumprimento da decisão.

Desde o início de julho, a equipe técnica do Instituto recompõe estacas e instala placas informativas nas imediações da UC. As sinalizações indicam os limites da área protegida, orientam os visitantes sobre as proibições e reforçam a responsabilidade legal em caso de descumprimento das regras. A circulação de pedestres e banhistas continua liberada, desde que respeitadas as delimitações.

Proteção à fauna - “A presença dessas estacas é fundamental para garantir a proteção das tartarugas marinhas que utilizam a Praia do Atalaia para desovar. Sem essa barreira, os veículos poderiam causar danos irreversíveis aos ninhos e aos filhotes”, alertou Ellivelton Carvalho, diretor de Gestão e Monitoramento de Unidades de Conservação do Ideflor-Bio. Algumas estacas anteriores foram removidas por vândalos ou danificadas por fatores naturais, o que exigiu nova intervenção.

Além das estacas, o local conta agora com placas que informam dados sobre a UC — como data de criação, extensão territorial e categoria de conservação — e alertam sobre a importância da preservação do ecossistema. Também estão sendo instaladas bandeiras que reforçam visualmente o bloqueio aos veículos, garantindo maior clareza aos frequentadores do local.

A Praia do Atalaia abriga um dos principais sítios de desova de cinco espécies de tartarugas marinhas. A proteção da faixa de areia durante a temporada reprodutiva é considerada essencial para a continuidade da espécie. “Estamos empenhados em proteger nossos ecossistemas, e garantir que as futuras gerações possam continuar a apreciar a rica biodiversidade do Pará. A recomposição das estacas na Praia do Atalaia é um passo crucial nesse esforço”, afirmou o presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto.

Equipes estão na área redobrando a fiscalização

Conscientização - Durante o mês de julho, o Ideflor-Bio também desenvolve atividades educativas e de sensibilização ambiental com visitantes do balneário. A ideia é envolver a população no esforço coletivo de preservação. “Queremos que os frequentadores da praia se sintam parte da proteção dessa importante Unidade de Conservação. As ações de educação ambiental são uma forma de mostrar que todos têm um papel a cumprir”, reforçou Ellivelton Carvalho.

A medida, além de proteger a fauna marinha, contribui para o ordenamento do uso da praia, promovendo um turismo mais seguro e sustentável. As áreas delimitadas garantem a segurança da biodiversidade local e, ao mesmo tempo, possibilitam que os visitantes aproveitem o balneário de forma consciente, em harmonia com a natureza.