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Povos indígenas avançam no diálogo sobre COP 30 em Caravana no Oeste do Pará

Ação do Governo do Pará, por meio da Sepi, reforça protagonismo indígena em área-chave para o equilíbrio climático da Amazônia e do planeta

Por Ascom (Governo do Pará)
09/07/2025 17h36

A Caravana dos Povos Indígenas Rumo à COP 30 intensificou os debates e ações voltadas à participação dos povos indígenas na 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que será realizada em Belém, em novembro próximo. O segundo dia de programação, que ocorre na Terra Indígena Kaxuyana-Tunayana, onde vivem16 povos indígenas, teve como destaque o diálogo com comunicadores indígenas, abordando temas voltados à produção de conteúdo sobre o território, a caravana e a pauta climática.

A iniciativa valoriza as vozes indígenas como agentes de comunicação e articulação política. “Não dá para falar de clima sem ouvir quem vive e cuida desse território há séculos”, ressaltou Édson Xokokono Txikyana, cacique da aldeia Yawara, na região do Rio Mapuera.

Indígenas participam dos debates preparatórios para a COP 30

Presença garantida - A Caravana, promovida pelo Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado dos Povos Indígenas (Sepi), realiza atividades de escuta, formação e articulação territorial para garantir uma presença indígena qualificada na COP 30, fortalecendo a participação direta nos espaços de decisão.

As ações contaram com apoio da Aikatuk (Associação Indígena Kaxuyana, Tunayana e Kahyana), que é uma das organizações de base da Fepipa (Federação dos Povos Indígenas do Estado do Pará) na etnorregião de Oriximiná, no oeste paraense.

Abrangência - A Fepipa articula mais de 60 povos indígenas no Pará, representando cerca de 80 mil pessoas distribuídas por mais de 50 municípios. Com presença ativa no movimento indígena nacional, a Federação é base da Coiab (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira) e da Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil), e atua como canal de interlocução entre os povos indígenas, o governo e a sociedade.

“Estamos aqui para construir coletivamente. Os povos indígenas têm propostas, conhecimento e direito a ocupar os espaços de decisão global sobre o clima”, afirmou a secretária de Estado dos Povos Indígenas, Puyr Tembé.

A Caravana busca garantir que povos de todo o Estado participem da construção de uma COP 30 mais justa, diversa e enraizada na floresta, com propostas formuladas a partir das realidades e saberes dos próprios territórios.

A programação do segundo dia da Caravana também abordou os seguintes temas:

 • Direitos territoriais e conservação da Amazônia;
 • Organização e credenciamento para participação indígena na COP 30;
 • Impactos ambientais sobre modos de vida tradicionais;
 • Valorização de saberes ancestrais e estratégias de governança, e
 • Cosmovisões indígenas frente à crise climática.

A Caravana dos Povos Indígenas Rumo à COP 30 percorrerá as oito etnorregiões indígenas do Pará:

 1. Altamira
 2. Belém-Guamá
 3. Itaituba-Jacareacanga
 4. Marabá-Tucuruí
 5. Oriximiná
 6. Novo Progresso
 7. Redenção–São Félix do Xingu
 8. Baixo Tapajós

Texto: Jaelta Souza - Ascom/Sepi