Pará é prospectado para sediar indústria de bambu voltada ao mercado nacional e à exportação
Empresa B.Eso Bamboo apresenta projeto sustentável com apoio da Codec e da Apex Brasil

A Companhia de Desenvolvimento Econômico do Pará (Codec) participou, na manhã desta quarta-feira (9), de uma reunião on-line articulada com a Apex Brasil para apresentar o potencial do Estado à empresa B.Eso Bamboo, que estuda a implantação de uma indústria de processamento de bambu no Brasil. O encontro teve caráter de prospecção e buscou detalhar as condições logísticas, fiscais e estruturais que o Pará oferece para empreendimentos industriais de base florestal sustentável.
O projeto em avaliação prevê o aproveitamento de reservas naturais de bambu localizadas no Acre e em Rondônia, com transporte fluvial até o Pará, onde seria instalada a planta industrial responsável pelo beneficiamento do insumo. O bambu processado será destinado tanto ao mercado interno brasileiro — especialmente para os setores da construção civil e da indústria moveleira — quanto à exportação, por meio da cabotagem.
Durante a reunião, o diretor de Atração de Investimentos da Codec, Manoel Ibiapina, reforçou o papel estratégico do Pará como centro logístico e industrial da Amazônia.
“O Pará tem vantagens logísticas e fiscais importantes, com áreas próximas a portos, incentivos estaduais e um ambiente de negócios preparado para atrair investimentos sustentáveis. Colocamos a Codec à disposição para apoiar todas as etapas do projeto, desde o levantamento de áreas até o licenciamento ambiental e as articulações institucionais,” destacou Ibiapina.
A Apex Brasil também destacou a escolha do Estado. “A Apex Brasil tem realizado uma série de reuniões com o objetivo de aproximar investidores internacionais dos Estados que melhor atendem às suas necessidades. No caso da B.Eso Bamboo, como há um forte interesse em logística fluvial e integração com a Amazônia, o Pará se apresentou como uma escolha estratégica. A Codec foi indicada justamente por sua capacidade de articulação institucional e pelo alinhamento com a agenda de investimentos sustentáveis”, afirmou Pedro Henrique de Souza Netto, representante da Apex Brasil na Região Norte.
O representante da B.Eso Bamboo, Tobias Metzger, avaliou positivamente a articulação institucional e as oportunidades apresentadas durante o encontro. “A reunião de hoje foi bastante produtiva. A Codec demonstrou uma série de iniciativas e formas de suporte que ampliam significativamente nossas chances de sucesso. Estou otimista, já que a logística no Pará oferece acesso estratégico ao Oceano Atlântico, o que facilita a exportação para a Europa, além de favorecer o transporte interno entre cidades brasileiras. Consideramos o Estado do Pará uma opção viável e muito estratégica para a implantação do projeto,” afirmou.

Entre os benefícios apresentados, estão os incentivos fiscais estaduais, que podem garantir isenções de ICMS entre 40% e 95%, além da possibilidade de instalação em áreas com infraestrutura portuária e apoio da Codec para regularização ambiental e fundiária. A Companhia também acompanha empreendimentos junto a instituições financeiras e atua como articuladora junto a prefeituras, autarquias e órgãos do governo estadual.
Ibiapina também destacou que o Arquipélago do Marajó reúne condições favoráveis à instalação de empreendimentos, com disponibilidade de áreas industriais, isenção total de ICMS, redução de até 30% no custo da energia elétrica, e infraestrutura energética já consolidada em diversos municípios.
Participaram da reunião o diretor da Diretoria de Atração de Investimentos da Codec (Dain), Manoel Ibiapina; o gerente de Comércio Exterior da Codec, Eduardo Rodrigues; e os representantes da Apex Brasil, Pedro Henrique de Souza Netto, da Região Norte, e Guilherme Machado, especialista em atração de investimentos para o agronegócio.
A iniciativa reforça o compromisso do Governo do Pará com a promoção do desenvolvimento sustentável, por meio da atração de investimentos que valorizem os recursos naturais, gerem emprego e renda e fortaleçam cadeias produtivas com base na bioeconomia. Com localização estratégica, infraestrutura integrada e políticas públicas voltadas à industrialização verde, o Pará se consolida como destino competitivo para negócios sustentáveis e inovadores na Amazônia.