Emater incentiva plantio sustentável de pimenta-do-reino e pitaia em Augusto Corrêa
O objetivo é, a partir da multiplicação orientada em viveiros de acesso coletivo, estruturar o plantio comercial e diversificar a alimentação e a renda das famílias
Agricultores residentes ao longo da rodovia PA-462, em Augusto Corrêa, no Rio Caeté, acabaram de receber do escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) sementes de pitaia e estacas de gliricídia que funcionem como tutores vivos à pimenta-do-reino, no sentido de suporte à trepadeira, e como cerca viva. O objetivo é, a partir da multiplicação orientada em viveiros de acesso coletivo, estruturar o plantio comercial e diversificar fontes de alimentação e de renda para as famílias locais.
Em um total de 15 sementes e 80 estacas, o material é do Centro de Treinamento Agroecológico, Inovação Tecnológica e Pesquisa Aplicada do Nordeste Paraense (UDB) da Emater, situado em Bragança, município-polo da região. Uma parte foi doada para a Secretaria Municipal de Agricultura (Semag).
Com tradição na fabricação de “farinha lavada” a partir de mandiocultura, algumas das dezesseis famílias das comunidades Emboraizinho, Maranhãozinho e Porto Velho beneficiadas de forma direta já trabalham pontualmente com pimenta-do-reino. Quanto à pitaia, é uma novidade. As propriedades possuem entre cinco e 25 hectares.
“A pitaia é uma opção interessante para consumo próprio, até pelas características medicinais, e também para o mercado, porque o preço é bom”, avalia o engenheiro agrônomo da Emater Paulo Roberto Pereira. De acordo com os especialistas do Órgão, a frutificação deve ocorrer em um ano e meio.
Sobre a gliricídia, o volume multiplicado para fins de distribuição é esperado para daqui a dois anos. “A gliricídia em si é um elemento estratégico de desenvolvimento sustentável. Na prática, essa introdução resulta em uso ecológico do solo e gestão ambiental do empreendimento”, resume o profissional.
Texto de Aline Miranda