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"ARRAIÁ DAS ARTES"
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Festejo junino celebra cultura, inclusão e alegria durante atendimentos de saúde no CIIR

Muita música, dança, brincadeiras e integração entre usuários, acompanhantes e profissionais fizeram parte do evento

Por Ascom (Governo do Pará)
25/06/2025 17h40

O clima junino tomou conta do Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR), em Belém, nesta quarta-feira, 25, com a realização do "Arraiá das Artes". A festividade foi promovida pelo Grupo de Trabalho de Humanização (GTH), em parceria com o setor de Arte e Cultura, e reuniu usuários, acompanhantes e colaboradores em um dia de alegria, integração e valorização da cultura popular paraense.

Realizado às margens da Baía do Guajará, o evento foi marcado por muita música, dança, brincadeiras e diversidade. A programação teve início com um cortejo junino que percorreu as dependências do CIIR, saindo da portaria até a orla. Em seguida, o público assistiu a apresentações musicais que exaltaram ritmos regionais, como o carimbó e o cacuriá, além de participar de brincadeiras típicas com distribuição de brindes no Espaço "Recriarraiá". O encerramento ficou por conta da Quadrilha Chapéu de Palha, formada e apresentada pelos próprios colaboradores do CIIR.

Segundo Denise Morais, supervisora do setor de Arte e Cultura, o objetivo do evento é fortalecer o sentimento de pertencimento e a identidade cultural da comunidade assistida. Além disso, a ação marca a culminância das oficinas desenvolvidas com os alunos do setor.
"É uma programação pensada para fortalecer vínculos e reforçar o comprometimento com a humanização por meio das artes", explicou.

Ela também destacou que "o cortejo, com suas cores, músicas e tradições, cria um ambiente lúdico e acolhedor, que favorece a interação social, o fortalecimento de vínculos e a quebra de barreiras atitudinais e emocionais".

Quem acompanhou o evento aprovou. A cuidadora Kelly Lucena, mãe do pequeno Ítalo Ribeiro, de 7 anos, destacou como o momento foi especial para seu filho, que tem Transtorno do Espectro Autista (TEA).

"Está sendo muito importante para a interação social das nossas crianças. O meu filho tem dificuldade de socialização, e a dança ajuda muito nisso. Além de trazer um pouco da nossa cultura, ele participou dos jogos interativos, de atividades que estimulam a coordenação motora. E a banda foi maravilhosa, com uma sintonia incrível com o público", afirmou.

Música e cultura paraense como ferramenta terapêutica

As apresentações musicais foram conduzidas pelo Grupo Diversom, formado por alunos da Oficina de Música do CIIR e coordenado pelo professor Messias França, que destacou a importância de valorizar a cultura paraense como parte do processo terapêutico.

Ele conta que proporcionar momentos como esse é sempre muito importante para mostrar ao público o que é trabalhado em sala de aula. "A vivência na sala é uma, mas, quando apresentamos fora, é uma oportunidade de enfrentar o nervosismo e a timidez. É o momento em que o aluno se coloca diante do público, interage, encanta e transforma quem está assistindo". Para o professor, isso é fundamental para o crescimento artístico e pessoal de cada um deles.

A aposentada Sandra Machado, avó de Gustavo Machado, de 14 anos, que tem deficiência intelectual e participa das oficinas de Arte e Cultura há cerca de um mês, compartilhou sua alegria ao ver o neto no cortejo.

"Está sendo maravilhoso. É a primeira vez que ele participa de um evento como esse aqui no CIIR. Ele está mais comunicativo, interagindo com as pessoas. Eu trouxe para ver se ele ia gostar, e ele adorou. Estou muito feliz e agradecida por esse momento", disse.

Cultura e inclusão durante todo o mês junino

O "Arraiá das Artes" foi o ponto alto de uma série de atividades promovidas pelo CIIR com temática junina. Entre os destaques, está a Feira de Empreendedores, realizada entre os dias 10 e 12 de junho, que levou barracas temáticas e produtos artesanais ao hall do Centro, incentivando a geração de renda e o protagonismo de usuários e familiares.

Outro momento marcante aconteceu no último dia 16, quando o projeto Vô com Arte promoveu uma roda de carimbó e vivência junina com idosos institucionalizados em um abrigo estadual, fortalecendo vínculos e promovendo bem-estar emocional. Já no Núcleo de Atendimento ao Transtorno do Espectro Autista (Natea), o mês junino foi celebrado com dança, desfile e atividades culturais, envolvendo famílias e usuários em um ambiente de acolhimento e afeto.

E ainda não acabou: no próximo dia 2 de julho, o "Arraiá das Artes" também será realizado no Centro Especializado em Transtorno do Espectro Autista (Cetea), garantindo que ainda mais usuários, acompanhantes e profissionais possam vivenciar a alegria das festas juninas em um ambiente terapêutico, inclusivo e cheio de cultura.

Estrutura – O CIIR é referência no Pará na assistência de média e alta complexidade às pessoas com Deficiência (PCDs) visual, física, auditiva e intelectual. Os usuários podem ter acesso aos serviços do Centro por meio de encaminhamento das unidades de saúde, acolhidos pela Central de Regulação de cada município, que por sua vez encaminha à Regulação Estadual. O pedido é analisado conforme o perfil do usuário pelo Sistema Estadual de Regulação (SER).

Serviço: O Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação é um órgão do Governo do Pará administrado pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). Ele funciona na Rodovia Arthur Bernardes, n° 1.000, em Belém. Mais informações: (91) 4042-2157 /58 /59.

Texto: Tarcísio Barbosa (Ascom CIIR)