Fãs e amigos celebram o talento de Walter Bandeira
A lua serviu de cenário e inspiração para músicos e fãs que foram prestigiar a programação organizada pela Secretaria de Estado de Cultura (Secult) a um dos maiores nomes da música paraense: Walter Bandeira. O Sistema Integrado de Museus e Memoriais (SIM) reuniu imagens, vídeos com depoimentos e também promoveu um show em tributo ao artista no Café e Jardim do Museu de Arte Sacra, no Largo da Sé, no bairro da Cidade Velha. Se vivo estivesse, Walter Bandeira teria completado 74 anos no último dia 31.
O público, composto na sua maioria por amigos e fãs do músico, se emocionou com a homenagem. “Acho importante fazer esse resgate do trabalho do Walter e de outros artistas que já se foram, para que as novas gerações possam conhecê-los também”, destacou a única filha do cantor, Simone Bandeira, que fez uma doação do acervo musical do pai ao MIS.
Vídeos projetados durante o evento, além de fotos e shows onde Walter mostra todo o seu talento e sua voz inconfundível, apresentaram depoimentos de amigos de longa data, como o jornalista Edwaldo Martins e a cantora Leila Pinheiro. “Nós pensamos diferente, eu sempre quis sair de Belém para cantar fora, enquanto o Walter sempre quis ficar aqui”, relatou Leila em um vídeo do início da década de 1980.
Entre os que acompanharam a homenagem estava o músico Nêgo Nelson. “Sei que Jô Soares e outras pessoas convidaram o Walter para ir embora, fazer carreira no eixo Rio-São Paulo, mas ele sempre dizia que se aceitasse seria mais um, ao passo que aqui tinha todo um trabalho em andamento. Além disso, ele argumentava também o amor pela terra natal”, disse.
Após a apresentação dos vídeos, o público participou de uma roda de conversa sobre Walter Bandeira. “Ele foi um artista marcante, lembrado pelo projeto do MIS, que tem como objetivo homenagear artistas que contribuíram para a cultura do Pará. Assim, além da roda de conversa, nós projetamos esses três vídeos do Walter, estamos com uma exposição de fotos e colocamos ao fundo o CD ‘Guardados & Perdidos’, trabalho que ele deixou pronto mas que não chegou a lançar", ressaltou a diretora do MIS, Dayseane Ferraz.
Quem acompanhou a programação também pode deixar depoimentos regsitrados em um livro que comporá o acervo do MIS sobre o músico.