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Sespa promove capacitações para prevenção e tratamento de hepatites

Por Redação - Agência PA (SECOM)
04/09/2015 16h58

Membros da equipe da Coordenação Estadual de Hepatites Virais da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) iniciam nesta terça-feira (8), em Belém, um ciclo de atualização para profissionais dos Centros Regionais de Saúde (CRSs) da Sespa sobre procedimentos para testagens rápidas para os tipos B e C da hepatite. Para cada capacitação, os profissionais serão atualizados sobre as novidades em relação à doença, conforme protocolos estabelecidos pelo Programa Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde e pelo papel da Sespa enquanto condutora e orientadora dessa política junto aos municípios paraenses.

A programação reserva dois dias de capacitação para cada CRS e tem ainda outro objetivo: o de orientar os municípios de abrangência a intensificarem a busca ativa por pacientes silenciosos, ou seja, os que têm a doença e sequer apresentaram algum sintoma. O conteúdo a ser compartilhado na atividade contém a apresentação do Programa de Hepatites, a regionalização e a oferta de serviços no Pará, bem como o arsenal terapêutico disponível para pacientes já diagnosticados, protocolo de vacinação contra Hepatite B e metodologias e aconselhamentos para testagens rápidas para os tipos B e C, segundo informa a coordenadora estadual de Hepatites Virais, Cisalpina Cantão.

Os profissionais do 7º Centro Regional de Saúde serão os primeiros a serem capacitados em atividade que acontecerá na Escola Técnica do SUS, em Belém, nos dias 8 e 9 de setembro, em horário integral. De forma paralela, os que atuam no 3º Centro Regional de Saúde serão treinados nos dias 9 e 10 em Castanhal. A ideia é cumprir uma agenda com os demais centros, em datas que posteriormente serão divulgadas.

Diagnóstico – A respeito de atualizar profissionais sobre a doença, Cisalpina destaca que a importância dos testes está no fato de o diagnóstico precoce das hepatites ser um dos principais determinantes para evitar a transmissão ou a progressão dessas doenças e suas graves consequências. As chances de cura chegam a 90% quando o tratamento é feito corretamente e no momento adequado. Uma das novidades a serem tratadas durante a atividade é o anúncio feito pelo Ministério da Saúde, em julho deste ano, sobre a inclusão de um novo tratamento contra hepatite C pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que inclui as drogas daclatasvir, simeprevir e sofosbuvir.

A nova opção, que estará disponível até dezembro, vai beneficiar pacientes que não podiam receber os tratamentos disponíveis até então, entre os quais aqueles que também têm HIV ou que não responderam bem às drogas convencionais. As hepatites virais A e E são transmitidas pela via fecal-oral e estão relacionadas às condições de saneamento básico, higiene pessoal, qualidade da água e dos alimentos. Já as hepatites virais B, C e D são transmitidas pelo sangue e por relações sexuais sem uso de preservativo.

O ciclo de capacitações corresponde a um dos focos da Sespa sobre o incentivo ao diagnóstico e ao tratamento, tal como aconteceu com a campanha “Julho Amarelo”, que entre maio e julho deste ano fez 7.462 testes para hepatite C em 40 ações entre a capital e o interior. O resultado foi que 39 pessoas que não apresentavam nenhum sintoma aparente se descobriram com a doença, sendo 38 com C e uma com o tipo B. Na sequência, foram prontamente encaminhadas para tratamento. Mesmo com o fim da mobilização, as testagens continuam disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde dos municípios e nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) de Belém, Santarém e Marabá.

A porta de entrada para quem quiser se proteger das hepatites é a Unidade Básica de Saúde, seja para a vacinação contra o tipo B ou para o teste sorológico de detecção dos tipos B e C. Na capital, o CTA, mantido pela Secretaria de Saúde de Belém (Sesma) em Batista Campos oferta ainda o chamado teste rápido, o mesmo que foi usado na campanha “Julho Amarelo”, em que o resultado é entregue em até 30 minutos.

Em Belém, caso o usuário do SUS receba a notícia de que é portador de um dos tipos graves da doença, é encaminhado para locais de tratamento que já são referência, como a Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, especialista no diagnóstico e o tratamento de doenças do fígado.

Além da Santa Casa, Belém dispõe de outros locais para o tratamento: Hospital Universitário João de Barros Barreto; Fundação de Hospital de Clínicas Gaspar Viana e Unidade de Referência Especializada em Doenças Infecciosas e Parasitárias Especiais (Uredipe), além do Centro de Universitário do Estado do Pará (Cesupa), no campus da avenida Almirante Barroso, onde funciona o curso de Medicina.

No interior do Estado, o atendimento para testagem e tratamento é disponível nos CTAs de Santarém, Marabá e Parauapebas; no Hospital Regional do Araguaia, em Redenção, e no Hospital Regional de Tucuruí. Para todos esses locais, é essencial que o cidadão seja encaminhado pela Unidade de Saúde mais próxima de casa.